Fala de Biden pode ser convite para Rússia atacar a Ucrânia, diz ministro
Em entrevista ao Wall Street Journal, Kuleba respondeu às declarações de Biden, nas quais este sugeria que às nações ocidentais estariam de acordo sobre como responder ao presidente Vladimir Putin, caso houvesse uma “incursão menor” na Ucrânia. A declaração foi depois esclarecida pela Casa Branca.
Kuleba afirmou que não deveria se dada nenhuma margem para Putin fazer uma “quase agressão ou operações de incursões menores”. Segundo ele, a Ucrânia não tem dúvidas de que Biden está comprometido em ajudar seu país.
Questionado em entrevista coletiva sobre uma eventual invasão russa, Biden respondeu: “depende do que for feito. Uma coisa é uma incursão menor e então acabaríamos tendo uma disputa sobre o que fazer ou não”. Posteriormente, a Casa Branca disse que qualquer incursão de forças militares russas seria considerada uma “invasão renovada” e que haveria consequências rápidas vindas dos EUA e de seus aliados.
Crise com consequências globais
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse hoje que a questão sobre a Rússia e a Ucrânia está além de uma crise entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “É uma crise com consequências globais e demanda atenção e ação mundial”, firmou Blinken em discurso em Berlim, na Alemanha.
Blinken defendeu que os EUA têm oferecido uma “opção diplomática” para a crise. “A Ucrânia não é o agressor aqui. A Ucrânia só está tentando sobreviver”, disse.
O secretário afirmou ainda que não é preciso adivinhar as verdadeiras intenções do presidente Putin sobre as fronteiras russas. “Ele nos disse, repetidamente. … Ele não acredita que a Ucrânia seja uma nação soberana”, disse Blinken, que atribuiu à Putin a fala de que “a Ucrânia não é um país real”.
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