Falta de roupa de cama no HUOP gera reclamação dos pacientes

Uma reportagem da TV Tarobá nesta quarta-feira (21) mostrou que atrasos na confecção da roupa de cama para o Hospital Universitário de Cascavel tem gerado reclamações de muitos pacientes. Junior é acompanhante de uma paciente que está internada no Hospital Universitário desde o dia 9 de fevereiro. Ele conta que nesses mais de dez dias ela não recebeu travesseiro, cobertores e nem roupas hospitalares.

“Travesseiro tive que trazer de casa. Não tem na unidade”, disse o acompanhante à reportagem, citando ainda que toalha e lençóis “às vezes têm, às vezes não têm”.

O acompanhante fez imagens dos armários vários, com poucos lençóis e toalhas. “A gente tá querendo saber aonde que está essas roupas. O que tá acontecendo com o hospital. Se as organizações que cuidam desse hospital não tem condições. Mande alguém falar com a gente pra ver se pode ajudar ou não”, desabafou Junior.

A TV Tarobá procurou a direção do HUOP para pedir esclarecimentos sobre esta denúncia. Nos foi informado que a empresa responsável pelo enxoval do hospital atrasou a entrega dos materiais.

Segundo a direção do HUOP, o prazo inicial era 6 de fevereiro, mas a empresa pediu adiamento de prazo. Ainda de acordo com o hospital, a empresa iniciou a entrega na semana passada de parte dos itens e informou que ainda nesta semana todo o enxoval contratado será implantado no HU.

“Injusto. A gente paga tanto imposto”, completou Junior.

HISTÓRICO – Esta não é a primeira vez que reclamações da empresa que venceu a licitação são feitas. Em dezembro do ano passado, a CATVE exibiu uma reportagem sobre, além da falta de lençóis e toalhas de banho, de peças do enxoval do hospital que estavam retornando sujo para ser usado pelos pacientes.

Os familiares e acompanhantes relataram à época que era preciso improvisar cobertores forro de cama, lençóis e fronhas. A vestimenta para os pacientes também estava em falta.

Suellem Cavalheiro Casanova disse na entrevista à Catve que não tinha nem “roupa pro pessoal do hospital usar”, assim como faltava travesseiro, fronha, lençol, toalha, entre outros itens até de higiene. Dona Alice Aparecida dos Santos confirmou as mesmas informações, assim como Maria Madalena Cateano que disse que as pessoas estavam usando cobertores como lençóis.

A produção do jornalismo da Catve apurou nesta quinta-feira (21) que enfermeiras também tem relatado o problema, alegando falta de aventais para o trabalho de parto, de roupas para pacientes no pós-operatório, de enxoval e até cobertores para o ponto socorro.

CONTRATO – De acordo com o Contrato Nº 502/2023, referendado no último dia 4 de dezembro, a empresa vencedora é a Lavebras Gestão de Têxteis S.A, que usou os documentos da sede em Maringá para participar da licitação, mas que estaria usando sua estrutura em Cascavel para prestar o serviço ao HUOP.

Ainda de acordo com o contrato com validade para dois anos, a empresa foi contratada para “Prestação de serviços contínuos de Lavanderia Hospitalar com fornecimento de enxoval que permita a rastreabilidade por RFID”, sendo o valor de R$ 13.019.769,00.

No documento constam ainda especificações técnicas de que as peças do enxoval deverão estar em “ideais condições de uso, para suprir a demanda do hospital de forma ininterrupta” e ainda que “a contratada deverá fornecer/manter o equivalente a 04 (quatro) enxovais para o período de 24 horas”. O que não está acontecendo.

Da Redação*

*Com informações da TV Tarobá E CTAVE

CASCAVEL

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