Fifa e primeiro-ministro britânico reprovam criação da Superliga Europeia
A posição da Fifa pode ser decisiva na queda de braço entre os clubes e a Uefa, a entidade que comanda o futebol europeu. Ela já anunciou que os clubes que disputarem a Superliga não poderão participar de seus torneios nem dos campeonatos nacionais, e os jogadores não poderão jogar pelas seleções – consequentemente, não poderiam disputar as Eliminatórias ou a Copa do Mundo.
“Nesse contexto, a Fifa só pode expressar sua desaprovação a uma ‘liga separatista europeia fechada’, fora das estruturas futebolísticas internacionais e sem respeitar os princípios antes mencionados”, afirmou a entidade, em nota oficial, na qual também pediu que as partes tenham um diálogo tranquilo, construtivo e equilibrado para resolver a questão.
Boris Johnson demonstrou preocupação com os outros clubes britânicos. “Planos para uma Superliga Europeia seriam muito prejudiciais ao futebol e nós apoiamos que as autoridades do futebol tomem ações. Isso atingiria o coração do jogo doméstico, e irá preocupar torcedores em todo o país. Os clubes envolvidos precisam responder aos seus fãs e à comunidade ampla do futebol antes de tomar outros passos”, pediu o primeiro-ministro.
Seis clubes ingleses estão envolvidos no projeto da Superliga Europeia: Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Tottenham e Arsenal. Além destes, três clubes espanhóis (Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid) e três italianos (Juventus, Milan e Inter de Milão) já aderiram ao futuro novo torneio.
A ideia era ter um torneio com 20 times, dos quais 15 seriam fixos e cinco entrariam através de uma eliminatória. Os times seriam divididos em dois grupos de 10, dos quais quatro de cada avançariam para uma fase mata-mata. A ideia seria começar a disputar a Superliga na temporada 2023-24.
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