Filho de Biden vira réu por posse ilegal de arma

O filho do presidente dos EUA, Joe Biden, Hunter Biden, virou réu nesta quinta-feira, 14, acusado de três crimes relacionados à compra ilegal de uma arma, em 2018. A acusação formal pode levá-lo a julgamento no próximo ano, quando seu pai estará em campanha pela reeleição.

Hunter é alvo de duas acusações de falso testemunho por ter informado em formulários que não estava usando drogas ilegalmente na época em que comprou um revólver no Estado de Delaware. Ele admite ter sido usuário de drogas na ocasião. A terceira acusação afirma que ele, com base nas declarações falsas, adquiriu ilegalmente uma arma. Se condenado, Hunter pode receber uma pena de até 10 anos de prisão.

Investigação

As acusações foram apresentadas pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça, David Weiss, que investiga o filho do presidente desde 2018. Os problemas legais de Hunter, um advogado formado em Yale e lobista de 53 anos, têm lançado uma sombra sobre a campanha de seu pai.

A decisão de apresentar acusações criminais contra o problemático filho de Biden foi um passo extraordinário para Weiss, que o secretário de Justiça, Merrick Garland, nomeou como conselheiro especial no mês passado.

A acusação coloca o Departamento de Justiça na estranha posição de processar casos tanto contra o filho do presidente como contra o ex-presidente Donald Trump, o atual favorito à nomeação presidencial do Partido Republicano em 2024.

Trump foi acusado em casos federais separados de tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020 e de manusear indevidamente documentos confidenciais depois de deixar o cargo e obstruir os esforços para recuperá-los.

Favoritismo

Pesquisas indicam que a vantagem de Trump sobre seus rivais republicanos só cresceu com as acusações. O ex-presidente e outros importantes líderes republicanos tentaram repetidamente vincular Biden aos problemas jurídicos e fiscais de seu filho, acusando a família de corrupção, mas com poucas evidências para apoiar as alegações.

Sem apresentar quaisquer evidências, os republicanos na Câmara dos Deputados acusaram o Departamento de Justiça de proteger Hunter. A acusação de porte ilegal de arma só é apresentada esporadicamente contra réus primários, especialmente aqueles como Hunter, que não é acusado de usar a arma em outro crime.

Os advogados de Hunter Biden argumentaram ao Departamento de Justiça que a acusação acabará sendo rejeitada, porque uma série de decisões da Suprema Corte e de tribunais de recurso lançaram dúvidas sobre a constitucionalidade de o governo federal impor condições à compra de armas de fogo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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