FMI prega diminuição na desigualdade da imunização para retomada da economia
Kristalina Georgieva disse que há um risco “muito real” de que a pandemia exacerbe desigualdades já existentes no mundo.
Ela notou que países mais pobres, com menos espaço para estímulos fiscais, por exemplo, acabando ficando atrás também na vacinação. E destacou o “dramático impacto” na produtividade futura do fato de que muitas crianças e jovens acabaram ficando com a educação prejudicada, por causa da pandemia.
A diretora-gerente do FMI lembrou que a instituição solicitou que os países ricos destinem US$ 50 bilhões para apoiar a vacinação nos países pobres, a fim de enfrentar a pandemia. Segundo ela, nem todo o montante já foi conseguido. “Podemos demonstrar o custo elevado da inação”, advertiu sobre os impactos econômicos da desigualdade vacinal.
Ela também disse que o FMI, em suas conversas com autoridades de países, tem exigido um piso de gasto social e também que os governos destinem fundos ao financiamento de seus sistemas de saúde. “A pandemia está soando esse alarme de que não podemos ter uma sociedade na qual as pessoas podem ser produtivas quando elas não são saudáveis nem educadas”, enfatizou.
Kristalina mencionou também o fato de que as meninas foram mais afetadas pelo problema, complementando que isso pode levar ao aumento de desigualdades entre gêneros.
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