FMI propõe programa de US$ 50 bi para apoiar resiliência e sustentabilidade
“O apoio RST visa abordar desafios estruturais de longo prazo que envolvem riscos macroeconômicos significativos para a resiliência e sustentabilidade dos países membros, incluindo mudanças climáticas, preparação para pandemias e digitalização”, explica o FMI, que pondera que nem todos desafios estruturais se prestam aos empréstimos.
Segundo o Fundo, o forte compromisso das autoridades dos países para fazer reformas necessárias serão críticas para catalisar o financiamento de bancos de desenvolvimento e o setor privado.
Para se qualificar ao suporte, um membro elegível precisaria de: “um pacote de medidas de política consistentes com o propósito RST; um programa de financiamento simultâneo ou não financeiro apoiado pelo FMI com políticas macroeconômicas apropriadas para mitigar os riscos para mutuários e credores; e dívida sustentável e capacidade adequada para reembolsar o fundo”, diz o documento.
O RST seria estabelecido sob o poder do FMI para administrar recursos dos contribuintes, o que permite prazos mais flexíveis, notadamente nos vencimentos, do que os termos que se aplicam aos recursos gerais do FMI, aponta o órgão. Consistente com o prazo mais longo e a natureza dos riscos que o RST procura resolver, seus empréstimos teriam prazos mais longos do que o financiamento tradicional, afirma.
“O sucesso dependerá de um FMI economicamente mais forte e membros fornecendo recursos significativos para ajudar os países a melhorar a longo prazo a resiliência e sustentabilidade”, diz o FMI. Além disso, será necessário outras instituições financeiras internacionais apoiando com sua experiência, conhecimento e financiamento sempre que possível, o que também ajudaria mobilizar o investimento do setor privado, afirma o documento. “Diante de uma série de desafios estruturais de longo prazo que exigem ação global, nunca foi tão importante apoiar todos os países a enfrentar esses desafios o mais cedo possível e alcançar um crescimento sustentável”, conclui a publicação, assinada por Ceyla Pazarbasioglu e Uma Ramakrishnan.
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