Geração de emprego tem queda em julho, mas se mantém no acumulado

O município de Toledo teve um saldo negativo de -239 vagas de trabalho formais em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho. O resultado considera 2.524 admissões e de 2.763 desligamentos naquele mês.

Ao analisar os últimos sete meses, o diretor da Agência do Trabalhador de Toledo (SINE), Rodrigo Souza, afirma que o município gerou um saldo positivo de 2060 novas vagas, mesmo apresentando queda em junho (-75) e julho (-239). “Nos sete meses, geramos 20 mil contratações contra 18 mil desligamentos. Um saldo positivo de mais de duas mil vagas. Mesmo com a instabilidade nos dois meses estamos confiantes nos resultados e esperamos que eles continuem”. Nos sete primeiros meses, Comércio desligou 536 pessoas e contratou 503, gerando um saldo negativo de (-033%).

DADOS – Em julho, Serviços foi um dos responsáveis pelo saldo negativo. No mês, o setor realizou 981 admissões e fez 1.212 desligamentos, gerando o saldo negativo (-231). Contudo, Souza explica que ao analisar o comportamento do setor neste ano, ele gerou um saldo positivo de 5,90% de novas vagas. Os setores de Indústria, Construção Civil, Agropecuária e Comércio tiveram pouca retração. “As empresas precisam de muitas pessoas para operar as suas linhas de produção. Toledo tem um bom cenário para que as pessoas se instalem e procurem novas oportunidades”.

Em julho, Agropecuária admitiu 57 novos trabalhadores e desligou 75 pessoas, ocasionando um saldo negativo (-1,18%). Indústria também apresentou o saldo negativo (-0,02%). Este setor realizou 755 contratações e demitiu 760 empregados.

Outro fator destacado pelo diretor é que os setores Agropecuária e Serviços registraram queda nas contratações de mão-de-obra temporária da safra. “Isso ocorreu em junho e os reflexos ainda são sentidos em julho”.

Souza ainda menciona que quando as vendas diminuem, Serviços é o primeiro setor que sente e demonstra, mesmo com o número positivo no acumulado do ano (5,90%).

No mês passado, somente Construção Civil apresentou saldo positivo. Em julho, o setor admitiu 228 empregados e desligou 180, totalizando um saldo de 1,77%. Souza salienta que a Construção Civil tem se mantido e considera um ponto positivo. “O setor gera vagas em todos os sentidos, desde a contratação direta, até a indireta e às vezes a informal”. O diretor complementa que o setor tem demonstrado ser um mercado aquecido. “Isso é fruto da verticalização no município; Toledo é um grande canteiro de obras”.

CRESCIMENTO – Conforme o diretor, mesmo com os meses de junho e de julho com saldos negativos, o município possui uma variação positiva de 3,67% de crescimento no acumulado do ano em número de empregos formais e esse dado é puxado pelos setores de Serviços, Indústria e Construção Civil.

Sobre Comércio e Agropecuária, Souza destaca a sazonalidade. “Nós estamos com um ambiente favorável aos empregos formais e representa a força da economia da região, que é diversa e sustentada pelo tripé Indústria, Comércio e Serviços, gerando novas oportunidades”.

ESTADO – Já no Paraná, o setor de serviços é o que tem mais trabalhadores empregados, com 1,28 milhão de empregados formais, representando 42,7% do estoque total. A indústria do Estado é o segundo setor com maior número de trabalhadores com carteira assinada: são 750 mil pessoas empregadas, compondo 25% do total. A proporção está acima da média nacional.

O comércio responde por 23,2% dos trabalhos formais, com 696 mil pessoas, a construção civil representa 5,2% dos empregos, com 155 mil contratados, e a agropecuária completa a lista, representando 3,8% do total de postos de trabalhos formais ocupados, com 114 mil pessoas.

O Paraná superou a marca de 3 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada em julho deste ano. Os números apontam um crescimento consistente na massa de pessoas contratadas formalmente no Estado ao longo dos últimos meses. No acumulado do ano em 2023, o estoque de empregos formais do Paraná registrou aumento de 2,4%, saltando de 2.929.998 pessoas empregadas com carteira assinada em janeiro para 3.000.791 trabalhadores formais em julho.

O estado registrou o melhor saldo de empregos da região Sul, de janeiro a julho. Foram 77.674 novas vagas criadas no acumulado do ano, à frente de Santa Catarina (63.660) e Rio Grande do Sul (50.401). Na comparação com os outros estados do Brasil, o Paraná foi o quarto maior gerador de empregos no ano, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Com informações da AEN*

*Da Redação

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