Governador de Nova York, Andrew Cuomo anuncia renúncia após denúncias de assédio
O anúncio de Cuomo, um democrata com três mandatos seguidos como governador de Nova York, veio uma semana depois que um relatório do procurador-geral do Estado de Nova York concluiu que o governador assediou sexualmente ao menos 11 mulheres, incluindo atuais e ex-funcionárias do governo, com “toques indesejados” e fazendo comentários inadequados.
O relatório de 165 páginas também descobriu que Cuomo e seus assessores “retaliaram ilegalmente” pelo menos uma das mulheres por tornar suas denúncias públicas e “promover um ambiente de trabalho tóxico”.
O relatório pressionou Cuomo a renunciar, levando a novos apelos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um amigo de longa data do governador, e de outros líderes democratas que não haviam se manifestado até que as conclusões do relatório se tornassem públicas, deixando Cuomo com poucos defensores.
Foi uma reviravolta na carreira política de Cuomo, que há cerca de um ano estava sendo saudado como um herói nacional por sua liderança em meio à pandemia de coronavírus.
As consequências do relatório deixaram o governador de NY cada vez mais isolado: sua assessora, Melissa DeRosa, renunciou após concluir que o governador não tinha como permanecer no cargo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o caso relatou ao The New York Times.
No final, Cuomo seguiu o conselho que seus principais aliados vinham oferecendo: deixe o cargo voluntariamente.
Cuomo renunciou ao enfrentar o espectro da destituição forçada do cargo por meio de um impeachment e estava prestes a se tornar apenas o segundo governador a sofrer impeachment na história do Estado.
Após a divulgação do relatório, os líderes da Assembleia Estadual, que é controlada por democratas, começaram a redigir artigos de impeachment e pareceram ter apoio suficiente para conseguir retirar Cuomo do cargo.
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