Governadores destacam importância do avanço do PNI e de repasses para saúde

Em reunião da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado na manhã desta segunda-feira, 10, governadores voltaram a reforçar a necessidade do avanço da imunização contra covid-19 no País, que segue vagarosa devido à falta de insumos e vacinas. Os dirigentes também destacaram a necessidade de reforço dos repasses federais para o investimento no sistema de saúde de Estados e municípios, que podem enfrentar dificuldades em virtude de um possível recrudescimento da pandemia no País.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que abriu o encontro, comentou sobre o “exaurimento” dos recursos financeiros de Estados e municípios, e atribuiu o problema ao incremento de custos da Saúde nos Estados devido à pandemia da covid-19, que se estende há mais de um ano no País. Dino defendeu que é preciso se debruçar sobre a manutenção da operacionalidade hospitalar dos Estados para a necessidade enfrentar novos ciclos epidemiológicos.

Sobre o ritmo de vacinação no Brasil, o governador maranhense atribuiu a vagarosidade do processo a “decisões equivocadas” do Executivo federal no segundo semestre do ano passado, que, segundo ele, “cobram o preço agora”.

Já o governador piauiense Wellington Dias (PT), coordenador do tema da vacina no Fórum Nacional de Governadores, destacou a importância do avanço na vacinação dos brasileiros para que a imunização nacional não fique em disparidade com a imunização de países mais desenvolvidos, o que, segundo ele, poderia acarretar problemas com as nações que o Brasil tem relações comerciais mais fortes. Dias também sugeriu que a Comissão poderia fazer uma intermediação com as farmacêuticas para agilizar os acordos de compra de vacinas com os Estados.

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que preside o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, também reforçou a necessidade de avanço do Programa Nacional de Imunização (PNI), com a possibilidade de municípios adquirirem diretamente as vacinas com as farmacêuticas. O consórcio foi criado há cerca de 45 dias, segundo Loureiro, por causa da dificuldade de expectativa da vacinação no Brasil, sobretudo em razão das complicações diplomáticas enfrentadas no País.

As dificuldades diplomáticas também foram destacadas pelo governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), que salientou ser preciso “gastar nossa energia o máximo possível para diminuir essa tensão com os nossos fornecedores do insumo farmacêutica ativo, que é o IFA, que é da China, que é da Índia”, afirmou.

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