Guarda Portuária do Paraná é pioneira na utilização de cães de faro

Dois pastores alemães e duas pastoras belga malinois estiveram nesta sexta-feira (23) no Porto de Paranaguá para uma ação integrada entre a Unidade Administrativa de Segurança Portuária (Uasp – Guarda Portuária), a Diretoria de Meio Ambiente e a Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho. A ação se deu em forma de blitz, durou cerca de duas horas e concentrou-se próximo aos berços 201 e 209, na faixa do cais. O objetivo era abordar caminhões de operações diferentes.

“Estamos verificando documentação dos caminhões, aferindo velocidade de trânsito na faixa portuária, aplicando teste do etilômetro e também checando questões de segurança da carga e dos veículos. Assim como observando se a carga está bem acondicionada e se os itens básicos de segurança, como pisca alerta e sinais sonoros dos caminhões, estão funcionando”, explica João Paulo Santana, diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná.

Na abordagem, os motoristas são orientados a dar preferência ao pedestre, respeitar o limite de 30 km/h, utilizar o cinto de segurança, manter os faróis acesos, não usar celular ao volante e não dirigir sob o efeito do álcool.

Na visão do gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, José Sbravatti, as primeiras reações dos motoristas abordados foram positivas. “O pessoal recepcionou bem as abordagens e a nossa ideia é dar continuidade efetiva nessas ações. A tendência é que, ao longo das semanas, a gente consiga aumentar a frequência e reforçar para todos que acessam a faixa portuária que o radar vai estar diariamente sendo aplicado, verificando a velocidade dos veículos de maneira constante”, diz.

Simultaneamente, os cães fazem o seu trabalho, cheirando o interior, ao redor dos veículos e nas partes internas inferiores. Segundo Eduardo Domanski dos Santos, coordenador de Informações da Unidade de Segurança Portuária, a ideia é fiscalizar e coibir tanto a questão do uso de entorpecentes quanto até mesmo o tráfico internacional de drogas.

“Caso seja encontrado algum tipo de entorpecente, o procedimento é o encaminhamento para autoridade policial. Se for quantidade constatada para uso, o encaminhamento é feito para a Polícia Militar, para elaboração de termo circunstanciado; caso se configure tráfico internacional, acionamos a Polícia e Receita Federal, por se tratar de área alfandegada”, conta Domanski.

Letícia Pedrotti, sócia-proprietária da Deteccion Brazil K9, empresa responsável pelos cães, explica que a parceria se tornou necessária porque a Guarda Portuária observou a demanda e necessidade do emprego de cães de detecção na faixa primária.

“É importante ressaltar a inovação e o pioneirismo da Uasp de Paranaguá. Nenhum outro porto no Brasil tem cães que atuam para a Guarda Portuária, é sempre um emprego de cães feito pela Polícia Militar ou Policia Federal. É um avanço sem-igual na segurança da área portuária, bem como ao combate do tráfico de drogas internacional”, ressalta Letícia.

Os quatro cães são treinados para detectar todos os tipos de entorpecentes: ecstasy, LSD, haxixe, maconha, crack e cocaína, que são os narcóticos mais comuns, principalmente a cocaína, que é a droga mais utilizada na questão do tráfico de droga internacional.

Da AEN

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