Harry e William terão reencontro no funeral do príncipe Philip
Harry chegou a Londres na semana passada e, desde então, está isolado, cumprindo quarentena. Segundo o jornal The Telegraph, os irmãos já se falaram por telefone e a princesa Kate Middleton, duquesa de Cambridge, mulher de William, estaria mediando a aproximação entre os dois.
Na cerimônia de hoje, toda a família real britânica usará trajes civis e os irmãos William e Harry caminharão separados por um primo – Peter Phillips -, também membro da realeza. Ainda não está claro se os dois terão espaço para ter uma conversa particular – e, para os britânicos, esta é a grande questão envolvendo o funeral de Philip.
Harry, de 36 anos, que abalou a monarquia há um ano quando decidiu abandonar suas funções reais. Por isso, ele não andará atrás do caixão de seu avô com William, de 38 anos, que é o segundo na linha de sucessão ao trono – atrás apenas do pai, o príncipe Charles. Será a primeira aparição pública de Harry com a família real desde que ele e Meghan deram uma entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, na qual acusaram um membro não identificado da realeza de racismo.
Philip morreu na sexta-feira, 9, faltando dois meses para seu 100.º aniversário. Seguindo seu testamento, ele será enterrado hoje nas proximidades do Castelo de Windsor e, em razão da pandemia, apenas 30 pessoas, a maioria parentes próximos, poderão acompanhar o funeral. A rainha Elizabeth II, que fará 95 anos no dia 21, e todos os convidados usarão máscaras e manterão distanciamento, informou o Palácio de Buckingham.
Entre os presentes, além dos filhos, estarão Camila, mulher de Charles, todos os netos do duque e suas mulheres (com exceção de Meghan, que está grávida e ficou nos EUA), os filhos da irmã da rainha – a princesa Margaret, morta em 2002 – e três parentes alemães de Philip. O funeral será transmitido pela TV.
Segundo o Palácio de Buckingham, apesar de todos estarem em trajes civis, os homens da família real usarão suas medalhas militares. Segundo a imprensa, esta foi uma decisão da rainha Elizabeth. Caso contrário, o funeral enfatizaria a perda de títulos militares do príncipe Harry, ex-capitão do Exército, desde sua saída da monarquia.
Havia também o problema de Andrew, terceiro filho da rainha e ex-piloto de helicóptero que participou da Guerra das Malvinas, em 1982. O príncipe, de 61 anos, foi afastado da vida pública após o escândalo causado por sua amizade com o financista pedófilo americano Jeffrey Epstein. Segundo a imprensa, a Marinha Real teria sido contra vê-lo vestindo o uniforme.
Desde sua morte, o corpo de Philip foi mantido na capela privada do Castelo de Windsor. Hoje, por volta das 14h40 (10h40 em Brasília), o corpo será colocado em um Land Rover modificado, que fará a viagem de menos de 10 minutos até a Capela de São Jorge, também no Castelo de Windsor.
Ao longo do trajeto, a rua será ladeada por militares, em reconhecimento ao serviço naval do príncipe. Tiros serão disparados e soarão os sinos. O hino God Save the Queen será tocado quando a procissão chegar à capela, onde um coro cantará uma música escolhida por ele antes do serviço religioso.
Carro que levará corpo foi projetado pelo próprio Philip
O príncipe Philip, que serviu como oficial da Marinha na 2ª Guerra e sempre manteve laços estreitos com as Forças Armadas, desejava uma cerimônia de estilo militar. Por isso, seu caixão não será transportado em carro funerário, mas sim em uma Land Rover verde do Exército, que ele desenhou especialmente para a ocasião.
O marido da rainha Elizabeth II era um fã do design e da engenharia da Land Rover, marca que se tornou símbolo do Reino Unido. O projeto feito por ele, que modificou um modelo Defender TD5 130, foi feito há 16 anos e determinava a pintura do veículo em verde-oliva. Os últimos ajustes foram feitos por Philip em 2019, incluindo suportes especiais para evitar que o caixão fique mexendo no trajeto.
“O duque foi um grande fã de design, engenharia e tecnologia. Durante suas visitas às nossas instalações, ele se envolveu com centenas de funcionários e demonstrou um impressionante conhecimento e profundo interesse na fabricação de veículos”, afirmou Thierry Bolloré, CEO da Jaguar, que fabrica o Land Rover.
Os modelos de Land Rover são muito usados por caçadores em propriedades rurais do Reino Unido. Eles também são populares nas ex-colônias britânicas, especialmente em safáris turísticos em países da África Austral. Nas Malvinas (Ilhas Falkland), são o único carro capaz de viajar pelas esburacadas estradas do arquipélago. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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