Incêndios no pior verão em 30 anos fazem 2 mil fugir de ilha na Grécia
Imagens dramáticas da retirada dos residentes de Evia mostram o fogo ainda avançando, apesar do recuo na temperatura e dos esforços para combater as chamas.
Segundo cientistas, a onda de calor e os incêndios provavelmente têm relação com o aquecimento do planeta. Nesta segunda-feira, o relatório do Painel da ONU sobre mudanças climáticas indicou que eventos similares podem se tornar mais frequentes caso o aumento da temperatura global não seja freado.
O cuidado maior das autoridades locais na retirada de Evia é com os idosos. Ao menos 570 bombeiros trabalham na ilha, com auxílio de equipamentos enviados pela União Europeia.
Apesar do esforço, a atuação dos helicópteros que despejam jatos d’água contra as chamas tem sido dificultada pela pouca visibilidade.
Os incêndios de verão no Mediterrâneo são os piores desde quando começaram a ser monitorados, em 2003. A estação quente deste ano, no hemisfério norte, tem trazido ondas de calor inimagináveis, com temperaturas superiores a 40°C em locais temperados, como o Canadá e o noroeste dos Estados Unidos.
Drama
“Tenho vontade de chorar todos os dias”, disse Nicholas Valasos, morador de Evia, ao conseguir retirar parentes idosos da ilha. “A pior coisa é ser acordado pela polícia de madrugada e ter de deixar tudo para trás e fugir.”
Segundo a imprensa grega, o dano é incalculável. Os que permaneceram em Evia agora começam a contar os estragos. “Foi a maior catástrofe da história do povoado”, disse Makis Ladogiannakis, um dos sobreviventes.
Os moradores de Evia vivem da produção de vinho e resina, e as plantações foram alvo fácil para as chamas.
Em Atenas, o chefe de governo pediu desculpas em meio a uma onda de raiva da opinião pública pela lentidão no combate às chamas.
“Entendo completamente a dor dos nossos compatriotas que perderam suas casas”, disse Mitsotakis. “As falhas serão identificadas. (Com agências internacionais)
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