Israel terá pela primeira vez uma árbitra transexual no futebol local
“Sempre me vi como uma mulher, desde uma idade muito nova. Primeiro não sabia como nomear. Existia uma certa inveja de outras mulheres, e vivia com isso”, disse Sapir. “Como homem, fui bem-sucedido. Seja na associação de árbitros, na escola, ou até com garotas. Para a família, eu era um homem, mas sozinha, era uma mulher. Dividi esses mundos porque entendi que a sociedade não me aceitaria, não estaria ao meu lado. Então vivi assim por 26 anos”, comentou.
A entidade que controla o futebol no país comemorou a decisão. Sapir passou os últimos meses longe do trabalho na elite do futebol local para concluir o tratamento hormonal para mudança de gênero. A notícia causou repercussão fora do país, tanto é que a pribeira árbitra transexual da história, a inglesa Lucy Clark, comemorou o anúncio nas redes sociais. “Desejando o melhor a Sapir em sua jornada”, disse.
A israelense disse estar muito feliz com a mudança e revelou que torce para para a sociedade ser mais inclusiva. “Aqui estou eu hoje. Ciente de mim mesma, confiante de que essa é a decisão correta, que tenho um vasto apoio por trás. Sinceramente, torço para que nossa sociedade melhore e seja tão boa e inclusiva quanto possível para todos os gêneros”, comentou.
Comentários estão fechados.