Jomalai Soluções Ambientais inaugura usina com tecnologia sustentável

Lágrimas e suor. O resultado veio com perseverança, estudo, esforço e união. A data de 22 de setembro será um marco não apenas para a Jomalai Soluções Ambientais com a inauguração da Usina Redivivus Tecnologia Sustentável, mas também para o município de Toledo e região. A proposta da usina traz inovação para o setor, a prática da logística reversa, além de reforçar o comprometimento com o meio ambiente.

“Foram dias de luta”, destacou o sócio diretor, Matheus Guilherme Bottoli, durante a cerimônia de inauguração realizada, na manhã de sexta-feira (22), nas instalações da usina. “Foram anos de dedicação esforço e estudo. A usina é um projeto novo. Nós realizamos estudos de viabilidade, mas foi necessária uma mudança de pensamento da empresa de trabalho. Estamos felizes em compartilhar esse momento e tudo o que conquistamos”.

Bottoli pontuou que a usina é um sonho idealizado, concretizado após uma década – por meio da licença de operação para aterro e destinação final. Ele salientou que esse tipo de empreendimento é o primeiro da região e aplica os conceitos de logística reversa.

“A usina vem para agregar. Recebemos o material destinado a construção civil e temos a preocupação do reuso. Faz 19 anos que a Jomalai atua na parte da coleta do contêiner e agora inicia um novo projeto, pois será possível qualificar o resíduo e dar uma destinação mais adequada”, afirmou.

Os atividades da Jomalai Soluções Ambientais iniciaram em 2004 – Foto: Janaí Vieira

SUSTENTABILIDADE E PROGRESSO – Conforme Bottoli, a empresa é a única que possui Licença de Transportes de Resíduos de Construção Civil e Demolição (RCC) em Toledo, o que torna a única enquadrada para a locação de containers e transporte geral. “Na região Sul, são apenas seis empresas que possuem essa licença, a única empresa que pode receber o resíduo de construção civil em Toledo. Apostamos no município porque acreditamos na sustentabilidade e essa é a força matriz”.

A implantação da usina permite que Toledo possa dar um importante passo no que se refere a sustentabilidade e progresso. Bottoli acrescentou que municípios três vezes maiores que Toledo não ofertam esse tipo de serviço sustentável. Com isso, ele pontuou que a cidade pode se orgulhar que um marco de saneamento está sendo criado.

DESAFIOS E AVANÇOS – Até a formatação da usina, Bottoli explicou que foi preciso buscar conhecimento. Ele pontuou que diversos desafios envolveram o processo de criação e de desenvolvimento, inclusive em relação a legislação ambiental. Contudo, com a união de esforços, estudos direcionados e o trabalho de diversas mãos foi possível tirar a usina do papel.

“Buscamos compliance ambiental e iniciamos um novo processo. Toledo é capacitado e recebemos as informações que precisávamos. As autoridades ambientais nos auxiliaram em todo o processo. Com isso buscamos que as atividades fossem desenvolvidas”, exemplificou ao citar que a área da empresa é de 24 mil metros quadrados e com as normas técnicas permitem a possibilidade de fazer o aterro de construção civil, a empresa pensou em aprimorar, ou seja, na usina para otimizar e fazer o círculo econômico.

O INÍCIO – O empreendimento começou na data de 11 e novembro de 2004, por Joecemar Bottoli (in memoriam) e Ivanilda Venites Bottoli. No início, a empresa estava voltada apenas aos serviços de terraplanagem e locação de caçambas. Com o tempo, ela ampliou e se especializou no transporte de resíduos.

Nos últimos cinco anos, a Jomalai Soluções Ambientais direcionou mais as atividades para o campo de atuação na locação de containers para obras e destinação final dos resíduos da construção civil, por meio de triagem e logística, conduzindo cada material para o seu devido fim.

Foi com suor e lágrimas que a empresa vislumbrou o projeto da usina – Foto: Janaí Vieira

O direcionamento dos trabalhos também permitiu que fosse concebido o início de sua Área de Transbordo e Triagem (ATT), Aterro de Resíduos de Construção Civil e a usina de beneficiamento de agregados reciclados –  uma inciativa idealizada, por seu fundador, no início da empresa.

“Jomalai Soluções Ambientais é uma empresa familiar. Chegamos até aqui. Desde o início, tivemos muitos avanços empresariais e nas políticas públicas também. Percebemos isso na atividade empresarial e passamos por mudanças durante o processo. Agora, teremos o desafio de conscientização da população, de que precisamos separar e não podemos misturar o material”, evidenciou Bottoli ao enfatizar que a empresa visa o lixo zero, que o aterro é o formato final que a empresa pode chegar e que a Usina Redivivus Tecnologia Sustentável vai fazer o seu papel.

Autoridades de Toledo destacam a dedicação da família

Diversas autoridades de Toledo participaram, na sexta-feira (22), da inauguração da Usina Rede Vivus da empresa Jomalai Soluções Ambientais e por ter a Licença de Transportes de Resíduos de Construção Civil e Demolição (RCC). Em síntese, elas destacam o empenho e a dedicação da família e colaborares da empresa. Foram anos de estudos e de análise do processo.

Segundo o prefeito em exercício Ademar Dorfschmidt, essa licença é importante para a empresa e, sobretudo, presenciar esse momento importante para a vida da família e para o município. “Atualmente, Toledo é referência nível estadual e até nacional. A nova prestação de serviço fortalece o vínculo do desenvolvimento da cidade”.

Outro fator destacado por Dorfschmidt é a responsabilidade do Poder Público em fiscalizar e fazer cumprir a legislação. “Hoje, nós temos uma empresa que promove a coleta do resíduo da construção civil e, por isso, as construtoras devem seguir esse novo momento na cidade. Toledo é um município que gera emprego, renda e cumpre com a legislação ambiental. Aqui, não se aponta o erro, se aponta a solução. E, a empresa teve persistência e conquistou a licença. Também precisamos dialogar com as construtoras para realizar a separação do resíduo”.

Uma nova fase se inicia em Toledo. O prefeito em exercício salienta que o Poder Público pode colaborar com o trabalho de Educação Ambiental do resíduo da construção civil. “Além disso, precisamos colocar em operação o Plano, já existente na cidade”.

AVANÇO – Quem também destacou o esforço da família foi o secretário de Meio Ambiente Júnior Henrique Pinto. “A empresa conquista a licença e também o resultado de um esforço. Tenho a certeza que o Município vai avançar bastante na questão do resíduo da construção civil e fortalecerá a economia circular”, afirmou o secretário ao complementar que o Poder Público precisa atualizar as legislações ambientais.

Na ocasião, o chefe do Escritório Regional de Toledo Instituto Água e Terra (IAT), Luiz Henrique Fiorucci, enalteceu que o município possui a primeira e única licença do resíduo da construção civil. “Me sinto orgulho em participar deste momento da empresa e fazer parte deste avanço para a cidade”.

HISTÓRICO – O engenheiro responsável pelo projeto Flávio Scherer considerou o dia histórico para Toledo. “É o primeiro empreendimento com a licença. Se contabilizarmos na região a quantidade de empresas que possui esse documento é possível contar nos dedos”.

Conforme o engenheiro responsável, a empresa idealizou essa estrutura há anos e o caminho, por muitas vezes, foi sinuoso. “Teve momento de dúvida e até de desistir. Neste meio tempo, durante as várias etapas do projeto fizemos uma sinergia para entender o processo. Parece tudo muito simples, no entanto, existe uma sabedoria das legislações ambientais e do conhecimento de engenharia”.

Scherer recorda que a empresa projetou esse trabalho. “Quando se projeta esse tipo de processo, você observa o empreendimento no papel, no computador e hoje {sexta-feira] ver o resultado do esforço com estrutura e licença é um motivo de orgulho para todos”.

USINA

A empresa pode receber o material considerada A e B da construção civil. Já o material C pode ser recebido, mas ele é destinado para o aterro sanitário e o material D não é recebido pela empresa. A empresa é responsável pela logística do transporte, coleta e destinação final do resíduo da construção civil.

MISSÃO

A empresa tem como missão recolher, receber e reutilizar de forma adequada os resíduos da construção civil de Toledo. Atualmente, o Brasil gera 84 milhões de metros cúbicos de resíduos da construção civil. Em Toledo, o estudo de viabilidade apontou que o município produz 75 mil toneladas/ano deste resíduo.

Classe ‘A’

Foto: Janaí Vieira

O resíduo, considerado classe ‘A’, é destinado para a alimentadora. Todo material passará pela triagem. Após uma fase de peneiramento, o resíduo passará pela triagem para realizar a retirada manual e formará o material classe ‘A’, totalmente 100% reciclado. Esse material está sendo aplicado no pátio. O resíduo classe ‘A’ pode entender como um material geral de demolição, como tijolo, concreto ou argamassa.

Areia grossa

Foto: Janaí Vieira

Esse é um material mais fino que a areia grossa. Ele pode ser utilizado na base de colocação de paver, por exemplo. Também pode ser utilizado para dar um acabamento mais fino. Alguns testes são realizados para a aplicação deste material para quem vai executar a obra. O custo do material reciclado é um valor 60% abaixo do valor agregado natural.

ARM

Foto: Janaí Vieira

O material passou pelo processo de britagem. Ele sai na forma que será comercializado pela empresa. Tem resíduo de tijolo, resto de cerâmica e concreto. O nome técnico é Agregado Reciclado Misto (ARM).

Da Redação

TOLEDO      

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