Legislativos de SP avançam para abrir CPI da Prevent
Assim como na CPI da Covid no Senado, na Alesp parlamentares bolsonaristas se articulam para obstruir a criação do colegiado, mas, como estão em minoria, a estratégia não deve surtir efeito. Usualmente, a abertura de CPI dependeria da análise de duas comissões da Casa, além da votação em plenário. Com a aprovação do regime de urgência, a análise das comissões será unificada em uma única sessão.
Comissão
Após a aprovação, caberá aos líderes das legendas a indicação, em até 15 dias, dos integrantes da comissão. Como mostrou o Estadão, PT e PSDB se uniram em torno da criação do colegiado. Autor do projeto de criação da CPI, o deputado petista Paulo Fiorilo deve assumir a presidência ou a relatoria do colegiado.
Na reunião ontem, bolsonaristas anteciparam que vão tentar obstruir a votação. No entanto, parlamentares do governo e da oposição acreditam que a estratégia não deve prosperar. “Eles têm uma tese que a gente discorda, de apoio a procedimentos que não foram reconhecidos pela ciência e que para a gente não faz sentido, e que foram adotados por esse hospital que pode ter colocado em risco muita gente”, disse ao Estadão o líder do governo na Casa, Vinícius Camarinha, do PSB.
O presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), disse nas redes sociais que não vai “permitir que a CPI seja usada como palco político por nenhum partido”.
Vereadores
Na Câmara Municipal, a CPI deve ser instalada amanhã. Presidido pelo vereador Antonio Donato (PT), autor do requerimento de abertura, o colegiado já teve os cinco membros titulares definidos. Segundo Donato, os trabalhos, que devem ter o roteiro definido na quinta, partirão de questões municipais, como a regularidade de prédios da operadora e informações da Secretaria Municipal de Saúde sobre a notificação de óbitos de pacientes por covid-19 pela rede. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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