Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu mobiliza a sociedade contra a violência e o feminicídio

Deter todas as formas de violência contra a mulher e o feminicídio, assegurar direitos e efetivar a equidade. Essa é a mensagem que a Marcha das Mulheres levará às ruas de Foz do Iguaçu, a fim de mobilizar e comprometer toda a sociedade em torno dessa agenda, na sexta-feira, 8 de março, com concentração no Bosque Guarani, a partir das 17h.

Marcada pela pluralidade, a marcha, seguida de ato público na Praça da Paz, é a iniciativa alusiva ao Dia Internacional da Mulher no município que demarca o protagonismo social e político da mulher contra as violências e por igualdade. Em outras palavras, são as próprias mulheres as agentes das mudanças e da reivindicação por políticas públicas eficazes.

A pauta assevera a necessidade de se garantir as mesmas condições de trabalho e de remuneração entre mulheres e homens, com a eliminação do assédio no ambiente laboral. Refuta as jornadas estendidas entre profissão e cuidados da casa e da família, que extenuam as mulheres. E cobra mais participação feminina nos espaços eletivos e decisórios.

A Marcha das Mulheres evidencia o crescimento da violência de gênero. Em Foz do Iguaçu, houve sete feminicídios e outras sete tentativas em 2023, em que mulheres foram assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. No ano, foram quase sete mil ocorrências de violência contra a mulher na cidade, mostra a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

“Nós, mulheres, estamos lutando pela nossa vida e pela nossa segurança. E não deveria ser assim”, reivindica a professora Madalena Ames, uma das organizadoras da Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu. “Mas também estamos pleiteando a nossa valorização profissional e o fim do preconceito nas relações de trabalho”, expõe.

Ela explica que a mobilização visa a amplificar e a engajar a sociedade para o fim das violências. “Elas estão mais perto das pessoas do que se imagina, dentro de casa, na escola, nas ruas e no trabalho. É por isso que convidamos todas as mulheres para participar da marcha, pois a nossa união e a nossa voz fazem toda a diferença”, pontua Madalena.

Importância da denúncia

A orientação das instituições de defesa da mulher é que, em caso ou risco de violência, é fundamental fazer a denúncia. Esse chamado, que pode ser realizado de forma sigilosa, sem identificação da pessoa que aciona os órgãos, é capaz de salvar vidas e ajudar a interromper o ciclo de violência de gênero.

Principais canais:

180: Central de Atendimento à Mulher
181: Disque-Denúncia
153: Patrulha Maria da Penha
190: Polícia Militar
0800 643 8111: Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM)

Marcha das Mulheres

Entidades, coletivos e conselhos de defesa e promoção dos direitos das mulheres, movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos, organizações populares e estudantis fazem parte da organização da Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu. A mobilização é vinculada à Marcha Mundial das Mulheres, que também acontece anualmente.

A organização inclui APP-Sindicato/Foz, Sesunila, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM), secretarias municipais de Assistência Social e de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Comissão das Mulheres Advogadas da OAB/Foz, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS II), Coletivo de Mulheres Negras de Foz do Iguaçu, União Brasileira de Mulheres (UBM), Baque Mulher/Foz, Frente Estadual pela Legalização do Aborto (FEPLA/PR), Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (CFCAM), Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Conselho da Comunidade na Execução Penal, PT, PCdoB, Ação da Mulher Trabalhista (PDT/Foz) e Secretaria de Ações Afirmativas e Equidade da Unila. 

Marcha das Mulheres de Foz do Iguaçu  

Dia: 8 de março (sexta-feira)

Horário: 18h

Concentração: Bosque Guarani, a partir das 17h

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