Mesmo com queda em 2023, Banco de Leite Humano mantém atendimentos
O aleitamento materno gera laços inesquecíveis entre a mamãe e o bebê. Sem romantizar, essa fase da maternidade pode trazer diversos desafios. Enquanto para algumas pode ser algo simples e fácil, para outras a história pode ser diferente. Cada mamãe sabe as batalhas que precisa enfrentam para prover os cuidados do bebê e, muitas vezes, no que se refere ao aleitamento materno, não são escolhas delas.
O leite materno é o único alimento que o bebê precisa até os seis meses de vida. Esse alimento é uma importante fonte de vida, de saúde e de muito amor. Enquanto muitos recém-nascidos são agraciados com o aleitamento materno em ‘livre demanda’, outros contam com a bondade daquelas mães que fazem a doação desse líquido tão precioso.
“O leite materno é suficiente para suprir as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses de vida e continua sendo uma importante fonte de nutrientes até o segundo ano de vida ou mais”, citam as coordenadoras do Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus, Helena Mayer e Kemely Bens, e a enfermeira, Mayara Lima Rodrigues.
MAIS PROTEÇÃO PARA A CRIANÇA – Conforme as profissionais, o leite materno diminui o risco de infecções como diarreia, gripes e resfriados, infecções no ouvido, garganta e pulmões. Se o bebê adoecer, ajuda na recuperação mais rápida. Além disso, quanto mais tempo continuar o aleitamento materno, mais tempo dura a proteção, ou seja, o aleitamento materno só traz benefícios que devem ser aproveitados.
“A amamentação por mais de seis meses protege o bebê de alguns tipos de câncer infantil, como a leucemia, além de reduzir sua probabilidade de desenvolver diabetes tipo 1 e 2, problemas de visão, dentição e obesidade, além de promover o desenvolvimento do sistema imunológico”, pontuam.
LAÇOS DE AFETO – O ato de amamentar, segundo as profissionais, mantém o bebê e a mãe próximos e isso afeta muito no desenvolvimento da criança, desde o apetite até o desempenho escolar. Também serve para acalmar e dar conforto ao bebê.
“O leite materno é vivo. Diariamente o bebê ingere milhões ou bilhões de células vivas. Cada uma dessas células tem uma tarefa específica para manter o bebê saudável. A amamentação prolongada tem impacto positivo no QI da criança. Diminui problemas comportamentais em crianças em idade escolar e maior saúde mental em crianças e adolescentes”, afirmam as profissionais de saúde.
BANCO DE LEITE HUMANO – A 20ª Regional de Saúde de Toledo conta os serviços do Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus. Desde março de 2007, a unidade presta os atendimentos que ajudam diversos bebês. A prioridade do leite doado são os prematuros da UTI Neonatal e casos especiais, sendo avaliado individualmente cada um.
No ano passado, a média mensal era de 127 doadoras; já a média de doação mensal foi de 250 litros de leite humano. Em dezembro de 2023, esse número reduziu para 105 doadoras, contudo, isso não interferiu nos atendimentos. As doações tem atendido a necessidade. As profissionais esclarecem que a unidade está com quantidade suficiente para suprir a demanda.
PROMOVER O ALEITAMENTO MATERNO – A mamãe que tem dificuldade para amamentar pode procurar o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide, pois o ato de amamentar deve ser algo bom para mãe e bebê. “Toda dificuldade que surgir durante nesse processo, o Banco de Leite está a disposição de todas as puérperas, nutrizes e familiares para ajudar. Atendemos de segunda a segunda das 7 horas às 19 horas. O Banco de Leite Humano de Toledo fica anexo ao hospital Bom Jesus e é pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, totalmente gratuito”.
As profissionais destacam que o grande objetivo da unidade é promover o aleitamento materno e incentivar a amamentação até os dois anos de idade ou mais, sendo de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida. “Promover, proteger e prevenir é a chave para o sucesso da amamentação. Nossa equipe está à disposição para ajudar”, reforçam.
Da Redação
TOLEDO