Milho safrinha apresenta quebra de 24% na Regional

A irregularidade das chuvas na região Oeste tem comprometido as lavouras do milho safrinha. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) já trabalha com uma margem de 24% de quebra da safra na Regional de Toledo.

De acordo com a Seab, a área do grão foi atualizada para 438.272 hectares e a previsão de produção caiu de 2.500.000 toneladas para 2.034.000 toneladas, o que dá uma produtividade média de 4.600 kg/hectare. “Baixamos a previsão de produção pois continua sem chover e a quebra até agora está praticamente concretizada”, comenta a engenheira agrônoma e técnica do Deral no Núcleo da Seab de Toledo Jean Marie Ferrarini.

O clima seco e a falta de chuva no período de semeadura do milho comprometeu uma parte das lavouras. No campo, 20% apresentam condições ruim, 43% das lavouras apresentam condições média e 38% estão em boas condições. As chuvas previstas para os próximos dias, ainda que em pequenas quantidades, ajudam a recuperar a umidade da terra, mas não auxiliam a reverter o quadro de quebra na safra. “Lavouras em condições ruim não recuperam mais”, acrescenta.

CLIMA – Para os próximos dias, a temperatura poderá subir e a previsão é de chuva a partir de sexta-feira (28), com probabilidade de 8,1 milímetros em Toledo. O mês de maio encerra com uma nova onda frio. A próxima segunda-feira (31), deverá ser gelada e os termômetros deverão marcar entre 6ºC e 18ºC.

E as temperaturas poderão cair ainda mais na próxima terça-feira (1º de junho), com mínima prevista de 3ºC, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Faltando menos de um mês para o inverno, Jean Marie esclarece que as baixas temperaturas desta época do ano ainda não interferem nas condições das lavouras. “Por enquanto não há problema com o frio”.

ALERTA – No entanto, o mês de junho deixa os produtores rurais em alerta. Os dias mais curtos e as noites mais longas comprometem a produtividade do milho que necessita de muita luminosidade para se desenvolver. A possibilidade de geada preocupa ainda mais o homem do campo, segundo o presidente do Sindicato Rural de Toledo Nelson Paludo, “por conta da falta de chuva que atrasou o ciclo da soja, boa parte lavouras de milho em Toledo foram semeadas mais tarde. Se tiver geada nesse inverno a quebra poderá ser maior”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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