Minhocão terá mais arquibancadas e bancos e novas opções de lazer
Embora esse tipo de medida potencialize o uso como parque, o destino e a data da desativação do viaduto para veículos estão indefinidos. A Câmara Municipal chegou a aprovar a realização de um plebiscito sobre o tema, mas nada foi anunciado após mais de um ano, enquanto o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Minhocão segue em andamento, mas não teve novas etapas apresentadas pela Prefeitura.
O novo mobiliário estará disposto em trechos próximos da Avenida Pacaembu e da Rua General Jardim, que se somarão aos do Terminal Amaral Gurgel e da Praça Marechal Deodoro. Desde maio, o Minhocão tem escadarias metálicas de acesso para pedestres. Os locais estarão sinalizados com pinturas nos canteiros centrais e laterais, em verde, amarelo e vermelho.
Ao todo, serão 44 novos itens, divididos em arquibancadas modulares, tablados (encostos colocados sobre o canteiro central) e bancos modulares. As demais estações têm 28 peças, todas de madeira e móveis, a fim de serem removidas para a liberação do tráfego de automóveis nos demais dias da semana. “A Prefeitura entende que a crise sanitária levou a uma maior valorização dos espaços de convivência ao ar livre por parte da população e está atuando para dar uma resposta à altura dos desafios e necessidades da cidade”, diz nota da gestão Ricardo Nunes (MDB).
Segundo a Prefeitura, o custo das duas novas estações foi de R$ 800 mil, provenientes do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb). O elevado está aberto para pedestres e ciclistas das 7 às 22 horas nos finais de semana e feriados e, nos dias úteis, das 20 às 22 horas. Além do mobiliário, o Minhocão também tem duas unidades do programa Centro Aberto, localizadas na parte inferior junto ao Terminal Amaral Gurgel e à Praça Marechal Deodoro. Elas funcionam como “minipraças”, com aparelhos de ginástica, bancos e mesas de piquenique.
URBANISMO TÁTICO. As iniciativas são alinhadas ao chamado “urbanismo tático”, que prevê a realização de intervenções rápidas, reversíveis e flexíveis em espaços públicos, adotadas em países como Dinamarca, Espanha e Colômbia. Frequentado para fins de lazer e atividade esportiva, o Minhocão tem ganhado também a atenção de marcas que transformaram mais de 40 empenas cegas dos edifícios do entorno em murais gigantes.
Construído nos anos 1970, durante a gestão de Paulo Maluf, o Minhocão completou 50 anos em 2021 em meio a contrastes, em que as desigualdades sociais do entorno estão evidentes. A parte inferior do viaduto é um abrigo insalubre para pessoas em situação de rua, enquanto novos edifícios de classe média são lançados na vizinhança.
A desativação do tráfego de carros na parte superior está determinada no Plano Diretor, de 2014, lei que passa por um processo de revisão previsto até julho.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Comentários estão fechados.