Ministra do Esporte tem projeto de política transversal para o setor

A ministra do Esporte, Ana Moser, participou de uma entrevista coletiva online, respondendo a respeito da reestruturação e do futuro da pasta, as prioridades de gestão, além do conceito de esporte como ferramenta de inclusão social, educação e promoção da saúde para todas as faixas etárias, raças e regiões do país.

“Não é só política do esporte, é política da saúde e da assistência social, também. Não é boa vontade, é obrigação do poder público dar estrutura para dar direito de acesso ao esporte às pessoas”, disse.

Ana Moser reforçou o que foi prometido quando tomou posse no ministério, oferecer acesso ao esporte e à atividade física na vida de todas e todos: “Vamos dar prioridade onde nunca houve prioridade”. A ministra explicou o panorama da reconstrução da pasta, que nos últimos quatro anos deixou de existir para se tornar uma secretaria dentro do extinto Ministério da Cidadania.

“O ministério está se reconstruindo. Ele era uma secretaria do antigo Ministério da Cidadania, hoje Ministério do Desenvolvimento Social. Há um grande esforço geral de todas as pastas para ser uma estrutura bem enxuta e conseguir fazer todas as políticas”, garantiu a ministra.

No período de trabalho do grupo de transição, Ana Moser apresentou uma proposta para aumentar a escala de pessoas com acesso à prática do esporte e da atividade física. Equipamentos públicos e serviços que atendem a maioria da população brasileira são espaços e meios para a implantação de políticas transversais.

Ao ter a concepção do esporte como um instrumento de educação, a ministra amplia a dimensão transformadora do esporte. “A sociedade que tem esporte, é uma sociedade muito mais solidária, muito mais simpática. A prática esportiva desenvolve diversos valores do caráter do ser humano, como empatia, ética e solidariedade, e é por isso que educação e esporte andam lado a lado”, definiu.

“Eu sempre busquei fazer com que mais pessoas fizessem esporte com essa visão de que o mundo seria melhor com as pessoas ocupando espaços públicos, se encontrando na rua para fazer atividade física, para dançar, correr, assistir ao jogo do filho”, prosseguiu Ana Moser, que tem como missão e motivação para estar à frente do ministério nos quatro anos de mandato do presidente Lula, avançar com esta ideia.

“Não vamos resolver os problemas do Brasil inteiro, mas a gente tem condição de desenhar e começar a implantar as políticas”, constatou.

Este objetivo vai ao encontro com o desejo de fornecer espaços de qualidade nas escolas. “Cerca de 40% das escolas têm estrutura esportiva e 70% dos alunos estudam nela. É um dado ruim, mas que já foi pior e eu acho que tem que melhorar. Mas é preciso equilibrar o que se investe em ampliação de estrutura, que é necessário, e o que se investe em programas voltados para a prática esportiva, que é tão essencial quanto”, ponderou.

Ciente do que precisa ser feito, Ana Moser reconhece os desafios que tem pela frente. “Nós temos furos de estrutura, de programa de capacitação de profissionais… Só de capacitar, de implantar uma metodologia de ensino de esporte para todos já tem a mudança, a inclusão já avança”, concluiu.

RIO DE JANEIRO

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