Mobilização em Guaíra alerta contra invasões de terras no Oeste do Paraná

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Após recentes invasões de terras na região Oeste do Paraná, uma manifestação pacífica está programada neste sábado (26), em Guaíra. A mobilização é um ato em protesto e em reinvindicação para uma resolução da problemática das invasões por indígenas em áreas rurais da região de Guaíra – situação similar que também acontece em Terra Roxa. A concentração da manifestação será realizada às 8h, em frente a Construa Materiais de Construção.

“Convidamos os presidentes, diretores dos Sindicatos Rurais, agricultores do Estado do Paraná para participarem dessa grande mobilização de forma pacífica, protestando contra o momento que os agricultores de Guaíra e Terra Roxa vivem em função da insegurança jurídica e também da insegurança das suas famílias e dos seus funcionários nas propriedades rurais”, cita o presidente do Sindicato Rural de Palotina, Edmilson Zabott.

Segundo Zabott, a organização foi espontânea e surgiu a partir de uma conversa informal entre os produtos e as empresas. Ele comenta que esses diálogos surgiram e originaram tal mobilização na tentativa de expor o problema e tudo o que ele pode desencadear.

“A mobilização visa sensibilizar as autoridades e a sociedade para esse grave problema que afeta a região Oeste. O Paraná é o maior produtor de proteínas animais, tem no controle sanitário a sua base para poder exportar para o mundo as proteínas transformadas da soja e do milho, o frango, o leite e o peixe. Temos a cadeia de suínos que gera mais de 100 mil empregos na região Oeste”, cita ao acrescentar que da forma que está sendo proposto essas aquisições poderão colocar em risco todo esse processo produtivo e o agronegócio.

“O objetivo é mostrar e temos documentos para isto sobre o impacto social e sanitário das invasões. Se ela continuar e pior ainda, com a possibilidade do Incra e de outros órgãos acenarem para comprar terras invadidas; se trata de terras produtivas em áreas invadidas. Como os produtores terão segurança jurídica? Queremos mostrar o impacto para quem ainda não ‘acordou’ para essa realidade, para essa tragédia”, alerta.

PREOCUPAÇÃO CONTRA INVASÕES

A palavra destacada pelo presidente do Sindicato Rural de Toledo Nelson Gafuri é preocupação. Ele menciona que a manifestação de produtores rurais, em Guaíra, é muito importante neste momento. “As invasões que ocorreram em áreas produtivas e a ausência de uma ação do Governo para a solução do problema geram esse clima de insegurança física e jurídica. Aliás, os últimos acontecimentos nos deixaram muito preocupados”.

De acordo com Gafuri, os produtores rurais estão em um período de plantio, considerado por todos, a base de para movimentar o agronegócio. “Os produtores rurais de Guaíra estão nessa incerteza quanto ao futuro. Eu vou participar do evento como agricultor, porque as autoridades precisam enxergar e agir nessa grave situação provocada pelas invasões”.

O presidente do Sindicato Rural de Toledo enfatiza que os agricultores precisam defender o direito de propriedade. “Esse ato marcado para sábado será uma maneira de mostrar a união dos produtores. Fica livre a participação de cada um nesse momento que, até onde sabemos, farão deslocamento por conta própria”, menciona.

DEFESA DE TERRAS

A Associação Conservadora Direita Toledo Paraná é apoiadora da manifestação. Segundo o vice-presidente Edilson José Martins, a entidade acredita que a mobilização simboliza não apenas a defesa de terras, mas a defesa de princípios fundamentais. Ele aponta que a propriedade privada é um pilar da liberdade individual e da autonomia familiar, valores que sustentam a moral conservadora na sociedade.

“Vale lembrar que qualquer tentativa de invasão de terras viola a nossa Constituição e representa uma ameaça à paz social. Assim, ao defender os produtores rurais, estamos também defendendo o respeito às normas e o combate a ideologias que colocam em risco a estabilidade do campo e da cidade”, pontua Martins.

O vice-presidente da Associação reforça o convite para a adesão a mobilização. “Convocamos todos os membros da nossa Associação e a população em geral a se unirem a esse movimento pacífico, enviando uma mensagem clara de que a tolerância ao desrespeito à lei e às propriedades privadas não será aceita. O campo é o motor da economia brasileira e o orgulho de nossa nação; sua proteção é uma prioridade que não pode ser negligenciada”, conclui.

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