Mulheres do Norte Pioneiro conquistam os prêmios do concurso Café Qualidade Paraná

Produtoras do Norte Pioneiro venceram a 20ª edição do concurso Café Qualidade Paraná. Sirlene Soares dos Santos Souza, de Pinhalão, ficou em primeiro lugar na categoria natural. Eloir Inocencia Nogueira de Souza, de Tomazina, venceu na categoria cereja descascado. Nenhum lote alcançou pontuação suficiente na categoria fermentação induzida. A solenidade de encerramento do certame foi realizada nesta quinta-feira (24), no Cine Teatro Fênix, de Apucarana (Vale do Ivaí).

As campeãs superaram cerca de 100 competidores. Como o prêmio, podem vender seus lotes por R$ 2 mil (saca de 60 quilos), valor que supera em mais de 50% a cotação registrada na quarta-feira (23) na B3. Os demais finalistas receberam a oferta de R$ 1,9 mil (vice-campeão), R$ 1,8 mil (terceiro lugar), R$ 1,7 mil (quarto colocado) e R$ 1,6 mil ao produtor da quinta posição. Para comparação, no mercado físico a cotação está em torno de R$ 950.

Os finalistas receberam, ainda, uma premiação oferecida por parceiros do evento no município de Apucarana, no valor de R$ 10 mil (campeã), R$ 6 mil (segundo), R$ 4 mil (terceiro), R$ 3 mil (quarto) e R$ 2 mil (quinto colocado). Os 31 cafeicultores que chegaram à etapa final estão  AQUI .

Os participantes concorreram nas categorias café natural, cereja descascado e fermentação induzida. Era possível disputar simultaneamente até duas delas. Nos cafés de processamento natural, ou via seca, os grãos seguem inteiros para a secagem, enquanto no método cereja descascado, também chamada de via úmida, têm a polpa retirada.

Quanto à fermentação induzida, até há pouco tempo grãos fermentados eram considerados defeituosos pelo aspecto visual ruim e o gosto de vinagre ou de remédio impregnado à bebida. Descobriu-se, no entanto, que, controlado e conduzido com rigor, o processo pode aperfeiçoar e até acrescentar atributos e sabores inusitado aos lotes.

Os lotes inscritos passaram por duas avaliações, a primeira é física, com base na Classificação Oficial Brasileira (COB), que detecta a quantidade de grãos defeituosos nos lotes, e a prova de xícara, de acordo com a metodologia da Specialty Coffee Association (SCA), na qual foram analisados aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida.

CAFÉ DO PARANÁ – Na solenidade, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou os cafeicultores e servidores pela dedicação ao longo de 20 anos de concurso e pelo esforço de valorizar o café paranaense. “Esse trabalho de reconhecimento faz com que tenhamos um café diferenciado, reconhecido pela sua qualidade e produzido por profissionais capacitados, num mercado que tem grande potencial de crescimento”, disse.

Paulo Sérgio Franzini, secretário-executivo da Câmara Setorial do Café, entidade que promove a disputa, ressaltou as conquistas obtidas nos 20 anos do certame. Ele afirmou que o concurso é um instrumento para promover a diversidade de sabores e aromas do produto paranaense, estabelecer padrões de qualidade, motivar a disseminação de tecnologias.

“A iniciativa é uma ferramenta para capacitar técnicos e produtores, aproximar cafeicultores de compradores, promover a troca de experiências entre provadores de âmbito nacional e internacional e, ainda, valorizar a qualidade da bebida de modo a remunerar o esforço do produtor e atender a exigência dos consumidores. O concurso tem legitimado o Paraná como produtor de cafés especiais reconhecido no Brasil e no mundo”, afirmou.

O engenheiro-agrônomo Francisco Barbosa, coordenador da comissão de julgadores da prova de xícara, exaltou o elevado nível dos lotes. “Os cafeicultores estão de parabéns pela qualidade obtida, face às dificuldades que enfrentamos com veranicos nesse ano-safra”, elogiou. Barbosa foi homenageado durante a solenidade. Ele foi um dos idealizadores do concurso e participa dos julgamentos desde a primeira edição, há 20 anos.

CAFÉ QUALIDADE – O concurso é realizado pela Câmara Setorial do Café, juntamente com o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e a Associação dos Engenheiros-Agrônomos de Londrina.

Ele é patrocinado pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Bratac, Ceasa-PR, Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina), Crea-PR, Faep (Federação de Agricultura do Paraná), Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná), Grupo Dois Irmãos, Integrada Cooperativa Agroindustrial, Município de Apucarana, Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) e Sistema Ocepar. Conta também com o apoio da Sociedade Rural do Paraná (SRP).

PRESENÇAS – Participaram do evento o prefeito de Apucarana, Junior da Femac; o deputado estadual eleito Luís Corti; Walter Ferreira Lima, presidente da Câmara Setorial do Café do Paraná; Eder Eduardo Bublitz, diretor-presidente da Ceasa; Natalino Avance de Souza e Vânia Moda Cirino, diretor-presidente e diretora de pesquisas do IDR-Paraná; Manoel Luiz de Azevedo, diretor da Adapar; e Antonio Biral Filho, Jucival Pereira de Sá e Antonio Carlos Barreto, chefes das regionais da Seab em Apucarana, Maringá e Londrina, respectivamente.

Confira os primeiros colocados de cada categoria:

Café Natural

1º – Sirlene Soares dos Santos Souza (Pinhalão)

2º – Loete do Carmo da Cruz (Joaquim Távora)

3º – Fátima Alves de Azevedo Canuto (Centenário do Sul)

4º – Jarbas Cazaroto (Joaquim Távora)

5º – Solange Aparecida de Araújo (Apucarana)

Cereja descascado

1º – Eloir Inocencia Nogueira de Souza (Tomazina)

2º – Maristela Fátima Silva Souza (Tomazina)

3º – Claudeir Marcos de Souza (Tomazina)

4º – João Batista da Silva (Pinhalão)

5º – Juarez Colatino de Barros (São Jerônimo da Serra)

5º Juarez Colatino de Barros (São Jerônimo da Serra)

Da AEN

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