Na presença de ministro da Saúde, atletas olímpicos começam a ser vacinados
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve nesta sexta no Rio para marcar o evento inaugural da vacinação, no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx). Receberam a primeira dose da vacina da Pfizer os atletas Rosângela Santos, do atletismo; Ana Marcela Cunha, da maratona aquática; Larissa de Oliveira, da natação; Marcus Vinicius D’Almeida, do tiro com arco; Caio Ribeiro, da canoagem paralímpica; e Michel Pessanha, do remo paralímpico.
“Fui bloqueado de competir em alguns países e, com a vacina, sinto que vou conseguir concluir meu ciclo. E sem o medo de chegar perto da Olimpíada e cair doente, interrompendo todo um trabalho de 11 anos no esporte”, disse Marcus Vinicius D’Almeida.
“Poder tomar essa vacina traz muita segurança. Daqui três semanas vamos tomar a segunda dose e depois chegaremos ao Japão sem maiores problemas. Estou muito feliz de representar a delegação brasileira, e agora é seguir rumo a Tóquio em busca das medalhas”, complementou Ana Marcela, campeã mundial de maratonas aquáticas.
A partir de segunda-feira, a ação se estende para Brasília, Fortaleza e Porto Alegre, chegando a Belo Horizonte na quarta, de acordo com a logística estabelecida pelo Ministério da Defesa. O Rio foi a escolhida para ter a presença do ministro e a cobertura da imprensa. A última edição da Olimpíada, em 2016, foi realizada na cidade.
A segunda dose da vacina será aplicada entre os dias 7 a 11 de junho, a 25 dias do primeiro embarque para o Japão e a 43 da abertura dos Jogos Olímpicos. Por meio do acordo, serão beneficiados também os participantes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que acontecem entre os dias 24 de agosto a 5 de setembro.
Parceria entre os ministérios da Defesa, da Saúde e da Cidadania, a ação tem coordenação do COB e do Comitê Paralímpico. “Estamos muito satisfeitos de poder ir aos jogos imunizados e ainda oferecer estas doses adicionais aos brasileiros. Temos a responsabilidade de vacinar e proteger nossos atletas, aceitando esta doação do COI”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.
Segundo as autoridades, a doação do Comitê Olímpico Internacional fará com que, a cada dose aplicada nos atletas, duas sejam doadas para o SUS. Os imunizantes aplicados nesta sexta eram da farmacêutica Pfizer, que agora começam a chegar ao País após a demora do governo em adquiri-las – um dos focos da CPI da Covid, em curso no Senado.
Ao comemorar a aplicação nos atletas, o ministro Queiroga falou que a Olimpíada servirá como “um alento para a alma do nosso povo” durante um período difícil como o da pandemia. “O Brasil, seja no futebol, ‘a pátria de chuteiras’, ou na Olimpíada, se une em torno de um objetivo comum”, comentou.
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