Na superstição existe uma justificativa para que o presságio não aconteça, diz psicóloga

Quantas pessoas acreditam que o número 13 é sinônimo de azar? Quem acredita que usar amuleto as protege de mau-olhado? Há também quem evite passar embaixo de uma escada ou tem todo o cuidado para não quebrar espelho. As superstições podem, em alguns momentos, atrapalhar a vida das pessoas. Como exemplo: não fazer nada hoje, porque é sexta-feira 13. Não existe uma explicação científica que este dia atrai azar ou o contrário, porém muitas pessoas acreditam.

Segundo a psicóloga Noemi Paulina Cappellesso Finkler, a superstição é uma ideia mágica. “Em algum momento da vida dessa pessoa e por alguma razão, aconteceu algo ruim. Com isso, o cidadão passa a acreditar naquela ideia”.

Noemi cita como exemplo a ideia em que manga com leite pode fazer mal. “Alguém tomou manga com leite e não se sentiu bem e agora as pessoas acreditam nisso. A superstição é uma ideia fantasiosa”.

ENTENDIMENTO – Noemi explica que a ciência psicológica entende o pensamento da superstição como uma crença ligada a determinadas culturas. “No trabalho com pacientes com estas ideias, busca entender as suas emoções e respeitá-las, bem como encoraja a enfrentar o que amedronta a pessoa, para que possa superar”.

A psicóloga salienta que na superstição sempre existe uma justificativa para que o presságio não aconteça. “Ex. Passei embaixo da escada mas depois que percebi voltei; como se tivesse desfeito o que poderia acontecer. Tem coisas boas ou ruins acontecendo o tempo todo e não necessariamente acontecerão na sexta-feira 13. Até porque o número 13 para alguns pode carregar a ideia de sorte, como também pensa o Zagalo”, finaliza Noemi.

Decisão!

Gato preto; não passar debaixo da escada; trevo de quatro folhas; sola de chinelo virado para cima; não ver a noiva antes do casamento. Essas superstições são comuns no dia a dia e, muitas vezes, não sabemos sua origem. O fato é que a crendice popular não possui explicação científica. Elas são criadas pelo povo e costuma passar de geração para geração. Algumas pessoas levam o assunto a sério, outras nem ligam para as histórias. E você, acredita em alguma superstição?

Crédito: Arquivo Pessoal

“Não sou supersticiosa em nada relacionado a sexta-feira 13. Eu acredito que o tem que acontecer, vai acontecer independente do dia. Não tenho lembranças de nada que possa ter acontecido por ser sexta-feira 13. Eu acho que essa data é um dia como outro qualquer”, atendente, Viviane Duarte.


Crédito: Arquivo Pessoal

“Eu nunca acreditei nessas coisas de ‘sexta-feira 13’. Sempre foi uma data normal para mim. Não tenho medo de nada e não tenho nenhuma superstição”, auxiliar de diagramação, Caio Felipe Reolon.


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“A única superstição que tenho é com o chinelo com a sola virada para cima. Sei que as pessoas falam que provoca a morte da mãe. Em relação ao gato Preto? Eu amo!”, dentista, Adriana Batista.


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“Não me considero uma pessoa supersticiosa. A única ‘coisa’ em que acredito é na ciência. Acredito que as situações ou as vivências acontecem de acordo com as nossas escolhas, que por vezes nos trazem bons resultados e por vezes nos trazem ‘coisas’ ruins. Por exemplo, no final do ano, eu escolho a roupa que me sinto bem, sem optar por cor (várias vezes usei preto)”, advogado, Charles Alberi Schneider.



Crédito: Arquivo Pessoal

“Acho que eu já fui uma pessoa supersticiosa. Hoje, me considero uma pessoa mais intuitiva. Eu cresci ouvindo os comentários das pessoas que quem quebrava espelho estaria sobre efeito de muito azar na vida. Até que um dia passei a ver isso de forma diferente. Sempre que quebro algum objeto, penso que se algo era para mim, foi para esse objeto que se quebrou. Algo assim: ‘antes ele do que eu’. Hoje [sexta-feira, 13] é um dia como outro qualquer. Ele é bonito como os demais dias. Penso que se estou bem comigo, o dia também estará. Não é o número 13 que fará a diferença”, artesã, Eliane Krzyonoski (Lia).


Crédito: Arquivo Pessoal

“Eu já fui mais supersticioso no passado. Quando saía para fazer show em outra cidade sempre procurava vestir uma determinada camiseta, porque pensava que ela me trazia sorte. Hoje não tenho mais essa camiseta nem essa superstição. Mas, um hábito que realizado todos os anos é comer um brigadeiro no dia do meu aniversário. Acredito que é uma maneira de começar bem o meu ano, de iniciar com o ‘pé direito’. E, por incrível que pareça eu comi o brigadeiro com a minha família”, produtor cultural, Márcio Franz (Formiga).


Da Redação

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