Novo aterro sanitário de resíduo sólido e ETE deverão ser finalizados até maio
O gerenciamento dos resíduos sólidos no município é uma constante preocupação das autoridades em Toledo, assim como a necessidade de um local adequado para o depósito, respeitando a legislação e, principalmente, promovendo uma maior vida útil da estrutura. A necessidade de um novo espaço para o depósito dos resíduos sólidos se acentuou nos últimos anos, já que o atual não suporta a capacidade devido a expansão urbana.
Um novo aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos e a estação de tratamento de efluentes (ETE) está em processo de execução no município. Incluindo material e mão de obra, o processo tem o investimento total de R$ 12.664.748.68. A obra está sendo realizada em uma área de 49 hectares, adquirida em 2014, com investimento na época de R$ 1,9 milhão. Uma unidade moderna que segue as legislações ambientais vigentes.
De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente (SMMA) Junior Henrique Pinto, uma medição foi realizada em dezembro do ano passado e chegou a pouco mais de 15% de execução da obra. Junior acredita que o percentual deve ampliar no mês de janeiro.
PREOCUPAÇÃO – Na reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) – em novembro do ano passado – o promotor de Justiça de Toledo, Giovani Ferri participou e disse que estava preocupado com o atraso na conclusão da obra do Novo Aterro, porque a obra deve ser finalizada até maio de 2023.
Naquele momento e até a última quarta-feira (4), o secretário Junior afirma que a empresa tem disponibilizado frente de trabalho e, por isso, o prazo deve ser respeitado. “Atualmente, são três frentes de trabalho em atuação no local. Um grupo atua na célula, outro na lagoa de chuva de água pluvial e, por último, na estação de tratamento”.
Na reunião do Conselho, o secretário disse que tiveram algumas situações no Projeto Executivo que foram necessários ajustes, o qual teve que realizar a obra, não alterando a finalidade do projeto.
Junior esclarece ainda que essa obra apresenta características diferentes. “Ela tem um percentual de execução menor durante o seu andamento, porém deve ampliar quando se aproxima do final da obra. O prazo termina em maio deste ano e a empresa diz que deverá cumpri-lo”, menciona.
O secretário pondera que caso a empresa não cumpra com o contrato e um aditivo não seja firmado, o Poder Público pode adotar as medidas administrativas cabíveis para a situação. “Até a última quarta-feira (4), nenhum aditivo de prazo ou de valor tinha sido firmado com a empresa”.
Outro fator destacado por Junior e que influenciou na execução da obra é o excesso de chuva registrado no período. “A condição climática atrapalhou todo o trabalho”.
A OBRA – O novo aterro terá uma célula responsável por receber o resíduo, mais uma lagoa de água pluvial, ou seja, toda a água de chuva será concentrada neste local e uma estação de tratamento de recirculação na célula. Segundo Junior, atualmente, o aterro possui lagoas de chorume. “Essas lagoas são bombeadas para cima da célula. No novo aterro, o chorume seguirá para a estação de tratamento de recirculação. O objetivo é diminuir a carga orgânica e recircular para a célula”.
O secretário enfatiza que desta maneira o solo consegue absorver mais o chorume e ele é degradado em menos tempo no meio ambiente. “São vários procedimentos a serem cumpridos e o desejo é avançar nesta estação”.
CONSCIENTIZAÇÃO – Atualmente, a população do município de Toledo produz em média 90 toneladas de material orgânico. “Com um trabalho de conscientização, nos conseguimos reduzir os produtos recicláveis no aterro e eles estão sendo destinados para a Associação. Além disso, existem diversas estratégias para minimizar ainda mais o destino do resíduo reciclável ao aterro”, cita Junior.
O aterro sanitário está operando na nona camada e ele será encerrado assim que a nova estrutura estiver finalizada. “Cada camada possui a durabilidade entre dois a três anos; quem diz a capacidade é o estudo de estabilidade do local”, finaliza o secretário do Meio Ambiente.
Da Redação
TOLEDO
