Número de patrocinadores em clubes da Série A do Brasileiro em 2021 cresce 19%
O relatório, que considera os 20 times da Série A mais Botafogo, Cruzeiro e Vasco, que jogaram a Série B no ano passado, expôs também um crescimento considerável da taxa de permanência dos patrocinadores, pulando de 49% para 61%. Isto é, seis em cada 10 marcas que patrocinaram algum clube em 2020 se mantiveram presentes em 2021. Nesse cálculo estão inclusos fornecedores de material e patrocínios regulares e pontuais.
Os patrocínios pontuais mais que dobraram. Saltaram de 23 em 2020 para 48 em 2021, o que representa um aumento de 109%. Segundo Arthur Bernardo Neto, diretor do Ibope Repucom, dois fatores principais foram determinantes para o resultado do estudo: uma taxa de permanência de marcas vindas da temporada anterior de 61% e um aumento de 109% no volume de contratos de patrocínios pontuais. Ele diz que vale a pena investir dinheiro no futebol brasileiro atualmente.
“Para além das transmissões de jogos, que não são o único objetivo a ser alcançado, temos desde a possibilidade de construção, até a exposição das marcas em reportagens, notícias e inúmeras ativações e postagens patrocinadas nos canais digitais do clube, onde o retorno é sempre muito positivo, tanto em valor quanto em imagem institucional”, avalia.
O Fortaleza lidera desde 2019 como o clube com o maior número de patrocinadores (26). Depois vêm Chapecoense (22), São Paulo (20), Juventude e Sport, (ambos com 18). “Para os clubes, o que realmente importa, é que o patrocínio ocorra em cifras que correspondam ao valor de mercado das respectivas propriedades, sempre muito valorizadas como plataformas de exposição de marca”, diz o diretor do Ibope.
O segmento Imobiliário, construção e acabamento dominou em volume de marcas diferentes nos uniformes dos clubes da Série A em 2021. O setor colocou 30 marcas únicas ano passado, 15% a mais do que na temporada anterior. Destaque para a categoria de Tintas, que liderou pelo segundo ano e contou com seis marcas diferentes no Brasileirão.
O setor financeiro liderou nos últimos anos, mas caiu para o segundo lugar. Tratam-se de bancos tradicionais e digitais, financeiras, consórcios, capitalização, seguros ou meios de pagamento. São 20 marcas diferentes investindo na elite do futebol nacional, distribuídas em 39 acordos de patrocínio, durante a temporada 2021.
Ainda sob os impactos da pandemia de covid-19, o setor de serviços de saúde foi, pelo segundo ano consecutivo, o terceiro em volume de marcas nas camisas dos clubes da Série A. Ao todo, entre laboratórios, planos de saúde, clínicas e farmácias, 20 marcas diferentes, distribuídas em 35 acordos de patrocínios, apareceram nos uniformes, uma variação de 17% em relação ao ano anterior.
O agronegócio passou a ter importância no que se refere a investimento no futebol nacional. Seis marcas estamparam uniformes na elite ano passado: Chapecoense (3), Juventude (1), Cuiabá (1) e Athletico-PR (1).
“O agronegócio ganhou força com investimentos realizados no Cuiabá e na Chapecoense, ou seja, clubes que têm suas sedes em regiões onde este setor econômico é bastante forte. Entretanto, muito provavelmente, tal comportamento desperte a atenção dos anunciantes de outros centros, o que contribuiria com essa tendência de crescimento”, analisa Arthur.
Na propriedade mais nobre do uniforme, lideram os sites de apostas esportivas, com seis marcas, seguidos pelo setor financeiro, com quatro.Mais uma vez a Umbro foi a principal fornecedora de material esportivo. Ela está presente em sete times. A Adidas ocupa a segunda colocação, com quatro.
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