O desafio da mulher ao desbravar o mercado de tecnologia
Mercado profissional de tecnologia ainda é desigual entre homens e mulheres
Mesmo com o fato de o primeiro programa de computador ter sido criado por uma mulher, Augusta Ada King, em 1843, o mercado profissional na área de TI (Tecnologia da Informação) ainda é tímido para as mulheres.
Essa questão começa antes mesmo de um indivíduo começar a busca por emprego ou escolher uma profissão. Apesar do crescimento dos cargos ocupados por mulheres, a porcentagem, comparada com os homens, ainda é bem discrepante. Em pesquisa realizada pela thoughtworks, é possível entender que 31,7% dos cargos em TI são ocupados por mulheres.
Interesse das mulheres no mercado de TI aumenta pós-pandemia
De acordo com o BNE (Banco Nacional de Empregos), em 2021, 12.716 mulheres se candidataram para cargos de tecnologia contra 10.375 no mesmo período do ano anterior. Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), aponta dados nos quais a participação feminina no mercado de tecnologia cresceu 60% nos últimos 5 anos e foi de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2020.
Além de tudo, existe o preconceito
Apesar deste aumento, uma série de fatores barram a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Uma delas é o preconceito. Em 2018 a organização Pretalab entrevistou mais de mil pessoas em 21 estados brasileiros e descobriu que as mulheres negras representam apenas 15% de todas as ingressantes no mercado profissional de tecnologia.
Por esta razão empresas buscam trabalhar a inclusão de maneira direta. É o exemplo da Microsoft que lançou o Black Women in Tech. Um programa de formação voltado às mulheres pretas.
Marketing Digital é mais abrangente, mas ainda existe preconceito
O cenário da tecnologia é bem abrangente. Um dos braços do marketing digital, por exemplo, é o SEO (Search Engine Optimization), que utiliza uma mistura de tecnologia com comunicação para aperfeiçoar sites e lojas virtuais de acordo com as exigências feitas pelo Google.
Por estar mais ligado com Tecnologia e programação é comum da área que mais homens estejam presentes nos cargos ocupados. Por exemplo, para 100 SEOs, apenas 31 são mulheres. De acordo com a pesquisa State of SEO, realizada em 2020, ainda há um longo caminho a se cumprir para que este quadro seja equiparado. E quando se fala em América Latina, o resultado é ainda mais desigual com 83,3% de homens e apenas 16,7% de mulheres ocupando cargos no setor.
Além disso, em eventos de SEO, por exemplo, existem poucas palestrantes mulheres. Fora os dados, ainda há desconfiança, no próprio setor de SEO, com relação à qualidade e conhecimento da mulher para prestar tais serviços.
Foi pensando nisso que a agência de SEO Hedgehog Digital criou o SEO por ELAS. Um evento que visa promover um dia de imersão apenas com palestrantes mulheres. A ideia é debater sobre os desafios da profissão em ser mulher em um mercado predominantemente masculino.
Para Carolina Peres, Head de Digital PR da Hedgehog Digital, a meta é dar voz às mulheres para que possam mostrar seus feitos, conhecimento e expertise e com isso convidar mais mulheres a fazer parte do mercado. “O SEO é um mercado mágico, mas ainda observamos nuances que incomodam. Homens que não ouvem ou pessoas que não dão credibilidade, justamente por ser mulher. Eu já me senti muito inferiorizada por homens ignorantes que não sabem se comunicar, respeitar ou nos dar espaço para opinião. Isso não deve mais acontecer.”, aponta a especialista.
Auxílio aos afetados pela Guerra na Ucrânia
Uma das palestrantes, Alexandra Tachalova é de origem Russa e está enfrentando todos os males que a guerra traz. Durante o evento, a Hedgehog Digital, a fim de auxiliar da maneira que for possível, convidará a audiência a doar, qualquer quantia, para que Alexandra possa destinar o valor a fim de ajudar com os que sofrem na Ucrânia. A sugestão é que a palestrante doe o valor para uma ONG.
O SEO por ELAS tem apoio da Dinamize, Digitalks e Hedgehog Digital. Inscreva-se e participe!