Obra em rodovia revela mais fósseis de dinossauros
Esse foi o segundo achado arqueológico na mesma rodovia. Conforme o paleontólogo Willian Nava, do Museu Paleontológico de Marília, esses grandes animais habitaram a região no Período Cretáceo, há 65 milhões de anos. Ele acredita que novos fósseis serão encontrados, pois a rodovia está sobre um “cemitério de dinos”.
O fóssil maior foi encontrado no dia 24, a 5 metros de profundidade, durante a escavação de um barranco, às margens da pista, na altura do km 341. A rodovia recebe obras de duplicação previstas no programa de concessões rodoviárias do governo estadual.
Assim que o material foi observado em meio às rochas, os técnicos de engenharia e meio ambiente da concessionária Entrevias, responsável pela obra, foram acionados para resgatar o pedaço de osso fossilizado. O trabalho foi acompanhado por uma geóloga.
Como o fóssil se desprendeu facilmente do talude, colado a um bloco de arenito, a paleontóloga Domingas Maria da Conceição usou apenas um martelo e uma talhadeira para diminuir o tamanho do bloco. O osso foi levado para o museu de Marília. Seis dias depois do achado, Nava foi ao local e realizou prospecções, encontrando novos fósseis que podem pertencer ao mesmo dinossauro. Segundo ele, são fragmentos de costelas e lascas de outros ossos, dando a ideia de que o provável titanossauro morreu no local e teve a ossada enterrada pelas camadas de arenito. Esses dinossauros eram herbívoros e se caracterizavam pelo pescoço e cauda longos, chegando a medir até 25 m de comprimento.
Em maio deste ano, em outro local de obras da mesma rodovia, foi encontrado um fêmur de outro titanossauro, o que, segundo o especialista Nava, apenas confirma que a região pode ter se transformado em um cemitério desses grandes animais pré-históricos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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