Ômicron faz pandemia bater recordes na América Latina, diz Opas

Depois de provocar recordes diários de novas infecções nos EUA e na Europa, a variante Ômicron está causando uma alta de casos também em países da América Latina. Na América do Sul, os aumentos são particularmente sensíveis em Bolívia, Equador, Peru e Brasil, assim como na Argentina e Paraguai, onde os novos casos cresceram cerca de 300%.

Em todo o continente americano, a alta de casos na primeira semana do ano foi de 250% – 6 milhões de notificações – na comparação com o mesmo período de 2021, que registrou 2,4 milhões, informou Carissa Etienne, diretora da agência regional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Variante

Quarenta e dois países e territórios do continente americano detectaram a variante Ômicron, altamente contagiosa, e em alguns deles a contaminação é generalizada, provavelmente através da transmissão em espaços fechados, de acordo com a diretora da Opas. No entanto, as mortes por covid-19 não aumentaram com a nova onda, garante a organização. As Américas contam com 60% de sua população vacinada e a Opas espera que 70% esteja imunizada até 1.º de junho.

Os EUA ainda registram a maior parte dos novos casos, que também avançam no Canadá. Caribe, Porto Rico e República Dominicana têm as cifras mais altas de novas infecções. Na América Central, elas são especialmente elevadas em Belize e no Panamá.

O Peru registrou um recorde de 24.288 novos casos de covid na terça-feira, no momento em que uma terceira onda da pandemia atinge o país, que tem a maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo, com 6.122 mortes por milhão de habitantes, segundo balanço da France Presse com base em números oficiais.

O México, com 126 milhões de habitantes, também registrou nos últimos dias um aumento dos casos de covid-19, com um recorde de mais de 30 mil casos positivos no sábado.

Em meio a este repique de contaminações, o próprio presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, infectou-se pela segunda vez com a covid-19, embora tenha dito que está “muito bem” e sente apenas um mal-estar leve. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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