Pacheco e governadores manifestam preocupação com democracia e ataques
A reunião ocorreu na residência oficial do Senado após uma tentativa frustrada de conversa entre os governadores e o chefe do Planalto. “Temos preocupação com o esgarçamento das relações entre os Poderes. Isso é unanimidade independentemente da coloração partidária que os governadores têm dentro do grupo”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após a reunião.
A defesa da democracia foi citada na reunião. Além disso, os chefes dos Executivos estaduais expressaram preocupação com as manifestações marcadas por apoiadores de Bolsonaro no dia 7 de setembro. O presidente do Senado disse esperar que esse ato e o agendado pela oposição no dia 12 de setembro sejam pacíficos. O senador reforçou que manifestações contra a democracia, contra a realização das eleições e a favor de intervenções autoritárias serão rechaçadas.
Na reunião com governadores, o presidente do Senado defendeu medidas para conter o aumento dos preços dos alimentos, da energia elétrica e dos combustíveis. Ele chamou atenção para a necessidade de o Ministério da Economia ter protagonismo nessas soluções. Nos últimos dias, a crise entre o Senado e o ministro da pasta, Paulo Guedes, aumentou junto com os ruídos e a falta de diálogo entre senadores e o Palácio do Planalto.
Pacheco se juntou aos governadores na defesa da democracia e declarou que não iria “fulanizar” a pauta. “Nosso inimigo não está entre nós, nosso inimigo é o preço do feijão, é o preço da gasolina, é o preço da luz elétrica, é o preço dos alimentos de um modo geral que têm sacrificado as pessoas no Brasil. Nós precisamos discutir isso no Brasil, e não perdermos tempo com aquilo que não vem e não calha para solucionar o problema das pessoas”, disse o presidente do Senado.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se manifestou de forma semelhante após a reunião. “Quanto mais instáveis temos hoje as relações políticas e institucionais, essa instabilidade tem um preço e isso sem dúvida é repassado para os alimentos, para o combustíveis, e por isso o pacto feito entre os governadores e o Senado”, disse.
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