Países da América do Sul já vacinam jogadores com doses doadas pela Conmebol

Enquanto no Brasil ainda não há autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o recebimento das doses da vacina contra a covid-19 doadas pela China para a Conmebol, países como Paraguai e Uruguai já começaram a imunizar os seus jogadores desde a semana passada. Por enquanto, o único time brasileiro vacinado é o Atlético Goianiense – os atletas receberam a primeira dose na última quinta-feira, em Assunção, quando enfrentaram o Libertad na capital paraguaia pela Copa Sul-Americana.

A Conmebol recebeu da farmacêutica chinesa Sinovac um lote de 50 mil vacinas e, além de enviar doses para os países do continente, montou um posto de imunização em sua sede no Paraguai. Lá já foram vacinadas as delegações de times que viajaram ao Paraguai para disputar jogos da Copa Libertadores e da Sul-Americana – casos do Atlético Nacional, Independiente Santa Fe e La Equidad (todos da Colômbia), além de árbitros e assistentes e o Atlético Goianiense. De acordo com a Conmebol, essas doses serão descontadas das cotas correspondentes de cada país.

Para os clubes que tomaram a vacina durante a estadia no Paraguai ainda não está definido quando e onde vão receber a segunda dose. Essa questão logística ainda será definida pela Conmebol.

A Associação Uruguaia de Futebol (AUF, na sigla em espanhol) iniciou o processo de vacinação de seus atletas no lendário estádio Centenário, em Montevidéu. No Paraguai, o processo de imunização está avançado. A federação local montou um posto de vacinação e os primeiros a receber as vacinas foram os jogadores do Sportivo Luqueño, seguidos por Cerro Porteño e Guaraní. Integrantes da seleção paraguaia também foram vacinados e, no último sábado, começaram a ser aplicadas as primeiras doses para os times de futebol feminino.

A previsão é de que todos os jogadores que participarão da Copa América, que será disputada na Argentina e na Colômbia entre 13 de junho e 10 de julho, também sejam vacinados. “Teremos uma Copa América mais segura, sempre cumprindo os protocolos de saúde”, afirmou o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez. Por isso, a meta da entidade é aplicar as duas doses da vacina antes do início do torneio.

A vacinação de atletas, no entanto, não é unânime. O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, disse que o clube foi sondado extraoficialmente pela Conmebol, mas que recusaria a imunização.

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