Palmeiras usa meninos, empata com Botafogo e segue fora das quartas do Paulistão
Um triunfo significaria ultrapassagem sobre o Novorizontino, agora com um ponto a mais. O líder da chave, disparado, é o Red Bull Bragantino. A vitória não veio, apesar de Abel Ferreira ter priorizado observar os reforços do futuro palmeirense. Não deve ter gostado muito do que viu, num jogo de raras chances de gol.
Depois de encantar na temporada passada, o Palmeiras somou o quarto jogo sem triunfos. Desta vez, sem lamentar um tropeço, pois variou a escalação e quase não foi ameaçado com sua terceira formação num jogo duro de se ver. Abel sabe, contudo, que tem de melhorar o desempenho já no próximo jogo, no Peru, diante do Universitário.
Cobrado, o treinador optou por descansar todos os seus titulares. O técnico usou uma escalação recheada de meninos em Ribeirão Preto. Mesmo vindo de perda de dois títulos e derrota no clássico diante do São Paulo, ele achou que não era hora de arriscar.
Alheio às fortes e exageradas cobranças dos torcedores ao longo da semana, que pediram a cabeça de alguns jogadores e o pressionaram, o português optou por correto descanso às principais peças. Até reservas derrotados diante do São Paulo foram poupados, de olho na estreia da Libertadores, quarta-feira, contra o Universitário.
Sabia que podia aumentar ainda mais a ira do palmeirense em caso de tropeço, sobretudo pela perda dos títulos diante de Flamengo e Defensa y Justicia-ARG, por Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana, respectivamente. Mas não escondeu que a estreia na Libertadores tem de ter atenção especial. O time viaja nesta segunda-feira ao Peru.
Entre os escalados no interior, apenas Weverton, de volta ao palco de início de carreira, e Viña eram titulares. Do mais, muitos meninos da base, casos de Vanderlan, Renan, Esteves, Fabinho, Garcia, Rafael Elias e Giovani.
Não teve medo de usar os pratas da casa e presenciou apresentação sem riscos na primeira etapa. “Queimado” com Luxemburgo, o lateral-esquerdo Esteves apareceu bem como volante. E criou boa chance de gol.
Atrás, o trio defensivo Vanderlan, Renan e Kuscevic protegeu bem Weverton, que levou susto apenas numa saída errada. Com maturidade, o Palmeiras até merecia melhor sorte antes do intervalo, apesar de poucas finalizações.
Tranquilo antes do intervalo e atento no retorno. Com o Botafogo mais solto na etapa final, Weverton evitou o gol do adversário em ótima defesa. O Palmeiras que buscou o jogo na primeira etapa, apenas lutou pela bola nos 45 minutos finais.
As modificações ofensivas de Abel não surtiram efeito, a equipe raramente atacou na fase, mas soube se segurar atrás diante de um pouco inspirado oponente. O ponto somado não foi suficiente para o time entrar na faixa de classificação, porém valeu pela avaliação de como jovens até então pouco utilizados se comportariam. Foram apenas discretos no ataque e na criação e firmes na contenção das jogadas.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 0 x 0 PALMEIRAS
BOTAFOGO – Igor; Rodrigo Ferreira, Fabão, Victor Ramos e Pará; Victor Bolt, Emerson e Renatinho (John Everson); Luketa (Bruno Rafael), Neto Pessoa e Richard. Técnico: Argel Fucks.
PALMEIRAS – Weverton; Vanderlan, Renan e Kuscevic (Gustavo Scarpa); Esteves, Viña, Fabinho, Garcia; Wesley (Gabriel Silva), Rafael Elias (Newton) e Giovani (Willian). Técnico: Abel Ferreira.
CARTÕES AMARELOS – Esteves, Newton e Gabriel Silva (Palmeiras); Victor Ramos e Rodrigo Ferreira (Botafogo).
ÁRBITRO – Luiz Flávio de Oliveira.
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP).
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