Pantanal: veterinário de Toledo participa de castração solidária em MT
Ações de resgate e salvamento de animais em situação de desastres naturais já fazem parte da vida do médico veterinário toledano Arthur Gava. A paixão pelos animais e pela profissão já o levou para locais desafiadores, como as cidades de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Essas localidades sofreram com o rompimento de barragens de rejeitos de mineração, um dos maiores impactos ambientais do país.
Nas duas ações, Gava ainda era estudante do curso de Medicina Veterinária e dedicou dias de trabalho voluntário. Agora, como membro da Comissão Estadual de Gestão de Riscos de Animais em Desastres, do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PR), Gava acompanhou uma ação na região do Pantanal mato-grossense atendendo os animais que sofreram com as queimadas na região. A ação foi realizada entre os dias 19 e 25 deste mês.
Gava também faz parte do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD Brasil). A entidade trabalhou nesta ação com a ONG É o Bicho, Marinha do Brasil, ONG Ampara, ONG Panthera do Brasil e Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso.
“Essa ação foi motivada por esses grupos devido à necessidade vista na ocasião das queimadas no Pantanal no ano passado. Foram atendidos animais das comunidades ribeirinhas. Foram realizadas castrações para controle populacional de animais, em uma perspectiva de saúde única”, explica o médico veterinário Gava.
CASTRAÇÃO – A ação também foi acompanhada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT). O projeto de castração solidária seguiu a legislação vigente e foi realizado com todos os cuidados necessários. Essa ação foi um desdobramento das atividades realizadas para minimizar a escassez de alimentos no período após as queimadas que atingiram o Pantanal mato-grossense no passado.
“Essa ação foi muito importante para a questão da fauna silvestre local, visto que existem doenças infecciosas transmitidas dos animais domésticos para os silvestres, como o caso da FIV e da FELV para os felinos, e isso mostra a importância dos cuidados com a saúde dos cães e gatos que moram nesses locais por conta da proximidade com os animais silvestres”, explica.
Um dos moradores que recebeu a visita da equipe foi o senhor Vicente. Gava conta que ele mora sozinho na beira do Rio Cuiabá. Sua mãe faleceu com 111 anos e ele mora sozinho com mais de 80 gatos. “Além da castração conseguimos aprender muito em relação a vida que essas pessoas das comunidades ribeirinhas tem. Não é nada fácil viver sozinho e isolados do mundo todo, onde até energia elétrica é luxo. Segundo o senhor Vicente, os gatos são suas únicas companhias”, comenta.
Além do trabalho na região do Pantanal, Arthur Gava vai trabalhar com um ONG de Cuiabá até amanhã (29). Durante este período estão previstas 60 castrações nesta ação.
Da Redação
TOLEDO
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