Paraná amplia ações de ciência e inovação para o desenvolvimento regional e sustentável

A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior promoveu nessa quinta-feira (28) um painel sobre o papel das agências de inovação das universidades estaduais do Paraná. Entre vários assuntos, a programação abordou as interações e articulações entre a comunidade acadêmica e o setor produtivo.

Realizado de forma remota, o encontro reuniu gestores dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) das sete instituições estaduais de ensino superior, além de professores, pesquisadores, estudantes e empreendedores de projetos inovadores e de base tecnológica (nascentes ou que estejam em operação).

A coordenadora do NIT da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), professora Roselis Natalina Mazzuchetti, destacou a importância de estimular a cultura empreendedora nas diversas áreas do conhecimento. Ela citou como exemplo a implantação de um hotel tecnológico que vai funcionar como pré-incubadora para estruturar as propostas de negócios a partir do ano que vem.

“O objetivo é fomentar projetos inovadores relacionados às linhas de pesquisa e aos cursos de graduação da instituição, considerando o interesse público e mercadológico e a viabilidade das iniciativas”, explicou, ressaltando que a equipe atua em vários campi, interligando todas as regiões do território paranaense.

Atualmente, a Unespar tem um produto em fase de registro de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Trata-se de um biofilme de amido hidrofóbico, desenvolvido para aumentar o tempo de conservação de frutas.

COOPERAÇÃO – Seguindo a mesma linha, a Agência de Inovação Tecnológica (Aitec) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) planeja implantar, em 2022, uma incubadora de empresas e um programa de empreendedorismo acadêmico. A ideia é incentivar estudantes de graduação e pós-graduação a desenvolverem projetos de inovação e pesquisa voltados à cooperação.

Entre patentes registradas pela UENP, o diretor da Aitec, professor André Luis Andrade Menolli, comentou sobre um projeto de controle biológico da ferrugem asiática da soja e um alimentador de pets automatizado. “Em relação à política de propriedade intelectual, uma nova minuta já está em fase de discussão interna e será enviada aos órgãos superiores da instituição, tão logo seja aprovada a política de inovação institucional”, frisou o gestor.

PARCERIA – A Universidade Estadual de Maringá (UEM) soma dezenas de depósitos de patentes em regime de cotitularidade. Ao longo de duas décadas, foram quase 200 pedidos, sendo 30% com parceiros como a Petrobras e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“Apesar de a UEM dispor de uma política de incentivo ao registro e gerenciamento de propriedade intelectual alinhada às legislações estadual e federal, a instituição pretende aprovar uma atualização do normativo”, apontou o coordenador do NIT, professor Ivair Aparecido dos Santos. Segundo ele, a expectativa é tramitar o documento em breve nos conselhos superiores da universidade.

ESTRATÉGIA – A assessora da Coordenadoria de Ciência e Tecnologia da Seti, Erika Juliana Dmitruk, defendeu o conceito de ciência aberta, que propõe um modelo de prática científica com foco na disponibilização de informações em rede. “Esse trabalho envolve a prospecção de empresários que desejam desenvolver projetos em parceria com as universidades ou que pretendem licenciar tecnologias”, pontuou.

Ela enfatizou ainda que essa premissa tem sido uma recomendação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, no sentido de aproximar os cidadãos dos temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. O evento está disponível na íntegra, no canal da Universidade Virtual do Paraná (UVPR) no YouTube. Para assistir, clique AQUI.

Esse painel integrou a série de eventos online do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, denominado neste ano de Paraná Faz Ciência, no âmbito da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2021). Em 2021, a iniciativa contou com o apoio da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Virtual do Paraná (UVPR), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Da AEN

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