Paraná conta com 14 municípios bilionários no VBP

Oito municípios da região Oeste estão entre os 14 com Valor Bruto da Produção (VBP) de 2020 acima de um bilhão de reais. Toledo segue na liderança do ranking pelo 8º ano consecutivo com R$ 3,48 bilhões, consolidando o município como a ‘Capital Paranaense do Agronegócio’. O ranking foi divulgado pela Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário (Apepa).

O relatório final do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020 foi divulgado no dia 22 de setembro pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) e mostrou que a produção agropecuária de Toledo apresenta crescimento a cada ano. O crescimento no valor nominal município de Toledo foi de 29,77% no VBP 2020 a variação do VBP de 2019 para o de 2020 foi de 30,07%.

O VBP é um índice utilizado para compor o Fundo de Participação dos Municípios, representando 8% da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destinada a eles. A suinocultura com R$ 1.536.297.683,08 (43,92%) é o destaque na produção local seguida pelas atividades de avicultura com R$ 936.523.191,31 (26,77%) e grãos com R$ 656.531.064,88 (18,77%).

De acordo com o presidente da Apepa, Daniel Galafassi, esse ranking dos 14 municípios bilionários do Paraná chama a atenção para a força do agronegócio e o que ele representa aos municípios. “Representa muitas divisas e mostra que a região Oeste tem uma produção muito diversificada e que os produtores aceitam muito as tecnologias e, por isso, esse crescimento”.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Diego Bonaldo enfatiza que os dados do VBP demonstram a importância do município de Toledo para o Estado do Paraná. “Toledo é a cidade com a maior produção agropecuária e uma das cidades com a maior concentração de indústrias de abate de animais. Local onde se produz em torno de 5% de toda a ração animal do Brasil. Somos o município polo da produção de proteína. Para a região Oeste é a demonstração da força da nossa população, onde 11% da população do Estado é responsável por 30% da produção do Paraná”.

SUPORTE – O presidente da Apepa Daniel Galafassi explica que a Apepa é uma entidade que atua junto no associativismo, com empresas, pessoas jurídicas com profissionais que atendem e assessoram os produtores rurais prestando serviços que contribuem para o melhoramento da produção. “Esses dados também refletem um trabalho de assistência e assessoria aos produtores, com recomendações de técnicas modernas e os mais variados serviços para a produção”.

No Paraná são mais de 500 empresas de planejamento agropecuário, sendo que aproximadamente 200 estão instaladas na região Oeste. “É um trabalho importante para auxiliar e instruir tanto pequenos, quanto grandes produtores rurais”, menciona Galafassi.

“Os dados do VBP mostram também que os produtores estão atentos aos serviços modernos e têm aceitado as novas tecnologias compreendo os bons resultados que poderão ter. Estão comprando novas máquinas e equipamentos, investindo na terra e na produção, ao passo que na década de 1970 e 1980, quando começou a mecanização agrícola havia mais resistência. A produção de soja foi responsável de convencer o agricultor que necessitava mudar”, complementa o presidente da Apepa.

CRESCIMENTO – Para o próximo relatório do VBP (2021), o presidente da Apepa Daniel Galafassi acredita que em algumas boas surpresas. “Poderemos ter mais municípios da região Oeste na lista dos destaques do VBP e, para isso, temos duas condicionantes que é o aumento da produção do milho, principalmente em função das cooperativas e do crescimento da piscicultura. Atualmente, 80% da produção de peixe de água doce é na região Oeste e cerca de 70% da avicultura e da suinocultura também é na região Oeste. É uma região muito rica e de produtores muito dinâmicos”, pontua.

14 municípios bilionários (VBP 2020)

Toledo (R$ 3,48 bilhões)

Cascavel (R$ 2,27 bilhões)

Castro (R$ 2,26 bilhões)

Guarapuava (R$ 1,60 bilhão)

Marechal Cândido Rondon (R$ 1,47 bilhão)

Santa Helena (R$ 1,35 bilhão)

Assis Chateaubriand (R$ 1,34 bilhão)

Dois Vizinhos (R$ 1,34) bilhão)

Palotina (R$ 1,32 bilhão)

Tibagi (R$ 1,26 bilhão)

Carambeí (R$ 1,17 bilhão)

São Miguel do Iguaçu (R$ 1,16 bilhão)

Nova Aurora (R$ 1,08 bilhão)

Piraí do Sul (R$ 1,02 bilhão)

Da Redação

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