Parlamentares promovem tuitaço contra privatização da Eletrobras
A líder da bancada do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ), afirmou que as privatizações recentes de empresas de energia elétrica no País “só trouxeram pro povo aumento de conta de luz e risco de apagão”. A parlamentar lembra o caso da Gemini Energy, empresa estrangeira responsável pelo fornecimento de energia aos 14 municípios amapaenses atingidos pelo apagão de 2020. “A Eletrobras privatizada pode transformar o Brasil em um grande Amapá”, escreveu a deputada.
Na mesma linha, o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também lembrou do caso amapaense ao afirmar que “essa política de esquartejar empresas estatais para entregar ao capital externo tem sido um péssimo negócio”. Segundo ele, “a experiência no setor de distribuição produziu o que vimos no Amapá: ineficiência e apagão”
José Guimarães (CE), líder da bancada petista, defende que a estatal tem dívidas baixas e estaria pronta para receber investimentos e obras, a fim de gerar mais empregos e retomar o desenvolvimento do País. Além disso, Guimarães também questiona os valores para a venda da empresa. Segundo ele, o governo quer “doar” a Eletrobras por R$ 20 bilhões. “A estatal lucrou R$ 30 bi nos 3 últimos anos e paga dividendos bilionários à União”, declarou.
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) apontou a possibilidade do aumento na conta de luz para se posicionar contra o projeto. “O povo brasileiro já paga impostos demais. Não pode ser penalizado com a privatização da Eletrobras que aumenta a conta de luz de quase 17% e ameaça aumentar ainda mais”, afirmou.
Carlos Veras (PT-PE) lembra que a estatal tem “relevante importância” na gestão das bacias dos rios São Francisco, Xingu, Paraná, Tocantins e Araguaia. “Privatizar a Eletrobras é privatizar a água, vender os nossos rios”, escreveu o parlamentar.
A MP foi entregue ao Congresso Nacional pelo presidente Jair Bolsonaro no final de fevereiro. O texto segue a relatoria do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que anunciou uma proposta de fatiar a companhia para uma privatização direta, em oposição à capitalização que a prepararia para a venda.
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