Parque das Aves estabelece o primeiro CAFS do IAT em Foz do Iguaçu

Nesta quinta-feira, 6 de junho de 2024, o Parque das Aves vai oficializar sua parceria com o Instituto Água e Terra – IAT para sediar um Centro de Apoio à Fauna Silvestre – CAFS. Nomeado como CAFS Aves da Mata Atlântica, a estrutura que funciona nas dependências do Parque das Aves irá contribuir para o atendimento das aves vitimadas localizadas na região. A assinatura do termo acontece durante o Encontro do Fórum Permanente de Gestores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, que acontece no 19º Festival das Cataratas.

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“Nós já auxiliavámos os órgãos ambientais, recebendo animais oriundos de tráfico e maus-tratos para acolhimento, bem como animais feridos para tratamento e reabilitação para o ambiente natural, quando possível. Mas agora nossa parceria com o IAT fica formalizada, e assim seguiremos apoiando nesse trabalho tão importante de oferecer os melhores cuidados à fauna nativa da nossa região”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.

O Parque das Aves tem em suas instalações uma área exclusivamente destinada ao atendimento de animais vitimados recebidos. Tal espaço, que conta com quarentena, sala de cuidados neonatais e ambulatório, passa por reestruturação no momento e tem previsão de conclusão no 2o semestre deste ano. Esta ação proporcionará ainda mais eficácia no cuidado com a fauna nativa recebida. Essas instalações ainda recebem um suporte de equipamentos existentes na clínica veterinária do Parque das Aves, que possibilitam a realização de exames diagnósticos no laboratório clínico, de radiografia e de endoscopia. A equipe técnica especializada conta com mais de 40 profissionais, entre médicos veterinários, biólogos, zootecnistas, assistentes de bem-estar animal, tratadores de animais, preparadores de alimentos entre outros que diariamente dedicam seu tempo para promover os melhores cuidados a estes animais.

Oficialização durante Festival das Cataratas

A parceria entre o Parque das Aves e o IAT foi oficializada durante o Encontro do Fórum Permanente de Gestores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, que aconteceu nos dias 6 e 7 de junho, durante o 19º Festival das Cataratas.

“Ficamos muito felizes em formalizar essa parceria histórica, fortalecendo laços e protegendo ainda mais a fauna do estado do Paraná. O Parque das Aves completa 30 anos em outubro deste ano e essa é uma memorável forma de iniciarmos as nossas comemorações oficializando uma prática de anos estabelecida na instituição: acolher e reabilitar animais de nossa região que sejam vítimas de ações antrópicas”, comenta Paloma.

O que são os CAFS

Os Centros de Atendimento à Fauna – CAFS foram instituídos em 2019 pela Resolução Conjunta Sedest/IAT nº 17 para receber a fauna silvestre nativa e exótica apreendida no Paraná. Os CAFS fazem a recepção de animais resgatados pelo IAT, realizando sua posterior triagem, atendimento médico veterinário quando necessário e posterior translocação para o ambiente de origem natural ou demais encaminhamentos conforme determinado pelo órgão ambiental.

Animais resgatados no Parque das Aves

Historicamente, 50% dos animais vivendo sob os cuidados do Parque das Aves são resgatados de tráfico e maus-tratos. A grande maioria chega através de resgates efetuados pelo IAT e a Polícia Militar Ambiental.

“Nos últimos 10 anos recebemos quase 900 aves resgatadas por órgãos ambientais. São várias histórias, incluindo ovos de tucanos sendo transportados nas roupas íntimas de uma passageira no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, ou aves que bateram em vidraças e se machucaram. Parte desses animais pode retornar para o ambiente onde vivia, pois conseguiu se recuperar. Mas os inaptos a retornar ao ambiente de ocorrência natural passam a viver conosco. Nessas ocasiões, buscamos proporcionar o melhor grau de bem-estar possível a esses animais, que também desempenham um papel educativo de extrema relevância pois são embaixadores no combate ao tráfico de animais, dentre outras ações antrópicas que exercem muitas ameaças de caráter irreversível a nossa fauna”, reforça Paloma.

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