Paulinho encanta Sylvinho, mas técnico do Corinthians pede cautela contra lesões

Paulinho precisou de 35 minutos para mostrar ao técnico Sylvinho que é diferenciado e um dos intocáveis no Corinthians para 2022. Mesmo fora de forma, o segundo volante entrou bem contra a Ferroviária e melhorou o time. Mas ainda está longe do físico ideal, o que faz o treinador agir com cautela e pedir mais tempo para efetivá-lo desde o início prevenindo lesões desnecessárias.

Depois de tropeçar em casa com 0 a 0 diante da Ferroviária, o treinador sabe que necessita de uma reação imediata na visita ao Santo André, domingo, para não chegar sob pressão no clássico com o Santos, na próxima quarta-feira. Paulinho deve ganhar mais tempo em campo, porém, ainda vindo do banco. Sylvinho não quer “estourar” o reforço e usa o cansaço de quem vinha jogando e sentiu diante da Ferroviária de exemplo até para acenar com mudanças.

“Fagner, Gil, João (Victor)… Todos extremamente cansados. Risco até de saúde, microlesão”, alertou o treinador, também temendo por Paulinho. “Vem de período grande inativo não só de jogos, mas de treinos. Oscilou, mas é saudável, tem boa genética, cuida-se bem. Vamos levá-lo o máximo possível, otimizando minutos”, avaliou. “Não gosto de cravar titularidade, pois todos vão jogar, uns mais, outros menos e ainda estamos em momentos de pré-temporada.”

Diante da Ferroviária, Paulinho entrou como atacante e ficou entre os zagueiros buscando um gol que não veio. A ideia é usá-lo como um meia de chegada e Sylvinho pede tempo para inseri-lo no esquema e na equipe titular. O próprio jogador admitiu não querer jogar de atacante.

“Pouco a pouco ele vai adquirindo forma. Não sei responder se tem condições de começar o jogo. Pensamos no elenco para prazo grande. Saúde do atleta é o melhor para todo mundo”, frisa o treinador, mostrando cuidados. “Estamos falando de 15 dias (de treinos). Se vai demorar sete, dez ou 15 não importa. Vamos pouco a pouco para ter o melhor.”

Sylvinho definiu o resultado contra a Ferroviária como “injusto” após a bola não entrar, mas não esconde que pode mudar peças – sacar Du Queiroz ou mesmo Mantuan – e mesmo o estilo para ter paz nesta largada de ano. “O desafio é fazer o time ter mobilidade melhor, qualidade no passe, gols, cruzamentos”, disse. “Escolhemos o Du Queiroz como primeiro volante, mas vamos buscar passos para melhorar. Renato também pode fazer a função e otimizou a entrada do Paulo (Paulinho). São alternativas para melhorar a qualidade de jogo.”

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