Peregrinação a santuário da Caxemira termina em tumulto com 12 mortos
De acordo com um peregrino identificado somente como Mahesh, a debandada ocorreu perto de uma das portas por onde as pessoas entravam e saíam do caminho para o santuário. “Algo aconteceu perto de um dos portões e me encontrei sob pressão. Eu sufoquei e caí, mas de algum jeito consegui me levantar”, disse ele. “Eu vi pessoas andando sobre os corpos. Foi uma visão horrível.”
Outro devoto chamado Priyansh disse que ele e 10 amigos de Nova Délhi chegaram na sexta à noite, 31, e dois de seus parceiros morreram no incidente. “Nunca vi nada assim”, disse.
Algumas versões indicam que uma discussão entre dois fiéis ocorreu antes da tragédia. Os esforços de resgate começaram imediatamente e os feridos, alguns deles em estado crítico, foram transferidos para hospitais vizinhos. O acesso ao local foi suspenso após o tumulto, mas reaberto mais tarde.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, expressou suas condolências em uma mensagem no Twitter. “Extremamente triste pela perda de vidas”, escreveu Modi.
Os peregrinos costumam caminhar a pé para chegar ao templo no topo da colina, um dos santuários mais visitados no norte da Índia. Antes da pandemia, o caminho íngreme era percorrido por 100 mil devotos. O limite foi reduzido para 25 mil, mas testemunhas relatam que o número teria sido ultrapassado várias vezes na tragédia deste sábado.
Tumultos mortais são bastante comuns durante os festivais religiosos indianos, que reúnem grandes multidões, às vezes na casa dos milhões, em pequenas áreas com pouca segurança ou medidas de controle.
Em 2013, quando peregrinos participavam de um festival hindu em Madhya Pradesh, Estado central indiano, uma ponte cedeu e pelo menos 115 pessoas morreram esmagadas ou rio abaixo.
Antes disso, cerca de 100 devotos hindus morreram em 2011 durante um tumulto em um templo religioso no Estado de Kerala, no sul da Índia.
(Com agências internacionais)
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