Piscinas sem cuidado podem servir de focos de dengue

A chegada do verão acende um alerta para os cuidados que evitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e do vírus Zika. Além do lixo doméstico, objetos jogados em lotes e os comedouros de animais, as piscinas também podem representar um perigo nesta época do ano.

Água parada e sem tratamento é o habitat favorito do Aedes Aegypti, e a dengue na piscina pode se tornar um problema de elevadas proporções. Especialmente, porque o mosquito é resistente até mesmo em condições adversas.

A coordenadora do setor de Endemias de Toledo, Lilian Fátima Konig, comenta que apesar de Toledo não ter registrado nenhum caso confirmado de Dengue neste período epidemiológico (agosto/21 a julho/22), os agentes têm encontrado muitos focos de larvas do mosquito tanto na sede quanto nos distritos.

“E isso representa um perigo para a cidade. O verão está chegando, um período com incidência de chuva e muito calor, condições favoráveis para a proliferação do mosquito. Temos encontrado muitas larvas. Parece que a população deixou de se preocupar com a dengue. Precisamos conscientizar sobre a importância de cuidar da sua casa e do seu quintal”, pontua ao destacar que dentro do período epidemiológico foram registradas 23 notificações até a última segunda-feira (6), todas descartadas.

PERIGO – Além dos locais mais comuns, as piscinas estão servindo de ‘berçário’ para as larvas do mosquito. O que é mais grave, por conta da quantidade e do tamanho de cada uma delas. “Orientamos sempre nas residências para que os moradores usem os produtos específicos nas piscinas e filtrem as águas porque atualmente elas são o principal foco de larvas do mosquito da dengue e são depósitos grandes”, complementa Lilian.

Outra preocupação é em relação aos imóveis que ficam fechados no período de férias das famílias. Potes, baldes, copos e até comedouros de animais nos quintais podem acumular água e virar um foco de larvas do Aedes aegypti.

“As pessoas devem ter um olhar atento para todos os detalhes. Quem vai viajar, vistorie sua residência antes para que nada sirva de criadouro do mosquito da dengue. É preciso cuidado também porque o cidadão pode estar indo para um local com epidemia de dengue e trazer a doença no retorno ao nosso município. Qualquer sintoma deve procurar uma unidade de saúde”, enfatiza.

DOENÇA – É importante destacar que os alguns sintomas da dengue são semelhantes ao da Covid-19 como febre, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e mal-estar. Enquanto a dengue é transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti, a transmissão da Covid-19 ocorre por partículas de saliva e secreções de pessoas infectadas que entram em contato com outra pessoa pelo ar ou superfícies contaminadas.

O ponto chave é o quadro respiratório. Tosse, produção de escarro, dor no peito, falta de ar e alteração do olfato e paladar são sintomas apenas da Covid-19 e não aparecem em pacientes com dengue.

Por outro lado, há alguns sinais mais comuns na doença causada pelo Aedes aegypti e não pelo novo coronavírus. Quando a pessoa apresenta manchas vermelhas na pele, dores nas articulações e problemas gastrointestinais, o paciente provavelmente está com dengue. Estes sintomas não são muito frequentes em pessoas infectadas pelo coronavírus, apesar de possíveis.

“Ao apresentar sintomas o cidadão deve procurar uma unidade de saúde para o médico avaliar e realizar a notificação do caso. Também é o profissional de saúde que vai orientar o paciente sobre a realização do exame. Sem essas informações não conseguimos rastrear e identificar os locais que estão apresentando casos suspeitos e, através das ações dos agente, eliminar os focos de dengue”, finaliza Lilian Fátima Konig.

Da Redação

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