Prefeitos de Toledo e Cascavel buscam reverter implantação do pedágio

Em entrevista para o programa Fim de Tarde com o Editor, do JORNAL DO OESTE, o prefeito Beto Lunitti falou das lutas da população do Oeste do Paraná para não ter a implantação de novas praças de pedágio. O gestor falou da união de lideranças locais e empresariais de Toledo e Cascavel na contestação da proposta dos pedágios e que motivou o Governo Federal a rever a modelagem.

“Foi uma conquista sim. É necessário dizer que muitas estradas dentro dessa proposta necessitam da duplicação e de uma praça de pedágio. Não somos contra. Somos contra o preço, e parece que essa nova modelagem que será lançada no leilão será um pedágio diferente, mais barato do que o existente”.

Segundo o gestor, o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas enfatizou à população que o sucesso ou o fracasso dessa nova modelagem será ‘dividido’ entre todos. “Isso ficou claro pela fala do ministro”, enfatiza Lunitti.

CUSTO – Em relação a proposta de implantação da praça de pedágio na rodovia BR-467, entre Toledo e Cascavel, o prefeito foi enfático ao dizer que mantém seu posicionamento.

“Não há necessidade de termos uma praça de pedágio. Isso é uma luta que ainda não terminou. Ficou dito pelo ministro que teremos a praça de pedágio entre Toledo e Cascavel, entre Marechal Cândido Rondon e Mercedes, segundo as informações, mas Toledo e Cascavel é uma avenida, uma rodovia que tem custo baixo de manutenção e que liga as duas cidades que são unidas do ponto de vista econômico, educacional, de saúde, enfim tudo o que possa imaginar”, esclarece o prefeito.

Ele exemplificou o fato de ter moradores de Toledo que trabalham ou estudam em Cascavel e vice-versa. “Mesmo que seja um valor menor, segundo o que estamos observando, esse desconto de 17% pode chegar a R$ 6,50. É um absurdo, não dá. A pessoa vem e vai todos os dias vai gastar R$ 13 por dia. Multiplicando isso no mês, vai boa parte do seu salário em pedágio”.

DEMANDAS – Na entrevista, Lunitti cita que teve uma conversa com o prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos para ajustar uma agenda em Brasília, provavelmente nos dias 23 a 27 de agosto para tratar sobre o assunto com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas.

A conversa, segundo o gestor de Toledo, é para explicar e reforçar que essa praça de pedágio não é importante para a região. “Nós também temos que compreender essa dinâmica de implantação dessa praça. Eu espero que possamos convencer o ministro”.

Se não for possível reverter a implantação, Lunitti pontua que a conversa será direcionada com outro objetivo. “Se o ministro não vai tirar a praça, tem um detalhe. Eu falo do trecho que nós – Toledo – compete discutir”. Lunitti menciona que alguns gargalos de ordenamento de tráfico rodoviário e urbano que existem em Toledo e que necessita de melhoras no acesso à cidade.

“Nós precisamos conversar com o Governo Federal para ter essas demandas. Se não houver a retirada da praça que a cidade seja compensada. Vai ter o pedágio? Os veículos com placas de Toledo e Cascavel precisam ter um preço abaixo do valor que será o resultado do leilão. Um preço como se fosse para pagar as despesas do guincho, da ambulância, enfim. Eu penso que nesse sentido seria aceitável uma praça de pedágio. Se não tiver essas condições temos que evitar até o fim”, conclui o prefeito.

Da Redação

TOLEDO

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