Presidente das Filipinas diz que quem não se vacinar não poderá sair de casa
A adesão da população ao imunizante já vinha sendo pauta constante para Duterte. Há cerca de um mês, ele afirmou que mandaria prender os que não se vacinassem, já que o comparecimento aos postos estava baixo. “Não me entendam mal, há uma crise neste país”, afirmou o presidente à época.
Desta vez, porém, ele deixou as ameaças e partiu para a ação. Segundo o portal filipino Rappler, Duterte quer que a polícia e as autoridades locais restrinjam o movimento de pessoas que recusam as vacinas contra o coronavírus, em uma tentativa de conter a disseminação da temida variante Delta, mais contagiosa.
“Se você sair de casa, direi à polícia para trazê-lo de volta. Você será escoltado de volta para sua casa porque vocês são propagadores ambulantes”, disse o presidente, de acordo com o Rappler.
Segundo Duterte, as autoridades locais deverão saber quem está vacinado e quem ainda não recebeu o imunizante contra a covid-19. Com isso, terão que alertar os que ainda não foram imunizados de que são um perigo para os outros.
Em uma reunião com funcionários da força-tarefa pandêmica, o presidente filipino também pediu ao Congresso que aprove uma lei impondo penalidades para quem recusar as vacinas contra o novo coronavírus. Ainda assim, Duterte teria afirmado que não poderia esperar por tal lei e “assumiria total responsabilidade” pelas medidas restritivas, caso enfrentasse processos judiciais. “Vou esperar por uma lei quando tantos vão morrer? Esse é o problema. Não há lei, mas a lei da necessidade existe”, disse, segundo o Rappler.
Vacina para todos
O presidente ainda ordenou que seu governo abrisse a campanha de vacinação para quem quiser. “Dê as vacinas para aqueles que querem ser vacinados”, disse em um discurso.
Não ficou imediatamente claro se sua diretiva significava que as vacinas agora poderiam ser dadas a filipinos não incluídos nos grupos prioritários do governo.
Até o momento, cerca de 6,2% da população de 110 milhões já foi completamente vacinada contra a covid-19. Apenas 10,4% receberam ao menos a primeira dose. O governo pretende imunizar totalmente até 70 milhões de pessoas antes do final do ano. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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