Primeiro-ministro diz que caso Djokovic respeita ‘sacrifícios dos australianos’
“Esta pandemia (de covid-19) tem sido muito dura para todos e temos de estar juntos na tentativa de continuar a salvar vidas. Juntos tivemos uma das menos taxas de mortalidade, um dos maiores crescimentos e taxas de vacinação do mundo. Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante estes dois anos e desejam que esses sacrifícios sejam respeitados”, afirmou Scott Morrison em um comunicado oficial.
É de se prever que Djokovic volte a recorrer da decisão e a disputa legal se arraste até este domingo (ou segunda-feira) para que no limite ainda consiga competir no primeiro Grand Slam da temporada, mas o governo da Austrália poderia depois recorrer da apelação do tenista.
Ex-vice-secretário do Departamento de Imigração, Abul Rizvi acredita que a equipe jurídica de Djokovic deve mesmo apelar da decisão. “Acho que eles buscarão duas coisas. A primeira é discutir o assunto em bases legais. E a segunda é pedir permissão ao juiz para que Djokovic seja liberado com um visto temporário para poder participar do Aberto da Austrália”, disse em entrevista ao canal de TV australiano Channel 10.
“Essa é uma decisão que o juiz precisaria tomar no fim de semana”, acrescentou Rizvi, que fez questão de destacar um fator importante que pode complicar Djokovic nesse processo judicial. Ele explicou que esse visto temporário, que o tenista tentará conseguir, normalmente não permite que o destinatário trabalhe.
“Jogar tênis, algumas pessoas podem não considerar isso como trabalho, mas é o trabalho de Djokovic. O juiz precisaria levar em conta essas questões também, se ele vai obter direitos de trabalho com o visto temporário. Essa é uma questão que o juiz vai considerar. Se ele acha que há mérito no argumento de Djokovic, faz sentido liberá-lo com um visto temporário enquanto o recurso é considerado”, completou Rizvi.
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