Produtores de milho começam plantio da 1ª safra com projeção de colher 4,1 milhões de toneladas

O plantio da primeira safra de milho 2021/22 começou no Paraná, com projeção de que sejam colhidos 4,1 milhões de toneladas, um aumento de 32% em relação à do ano passado. Esse é um dos destaques do Boletim de Conjuntura Agropecuária na semana de 27 de agosto a 3 de setembro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

O início da semeadura do milho foi possível em razão das condições climáticas favoráveis. A área ainda é pequena, com plantio em 14,5 mil hectares, o que representa apenas 3% da extensão total estimada de 422 mil hectares. Mas é grande a esperança de a produção saltar de 3,1 milhões de toneladas para 4,1 milhões.

Se isso se confirmar, a produtividade ficará em 9,7 mil quilos por hectare, quase próximo do recorde da safra 2019/20, quando se conseguiu 10 mil quilos por hectare. Enquanto começa a ganhar corpo a semeadura da primeira safra 2021/22, os produtores também avançam na colheita da segunda safra 2020/21, que historicamente se encerra em setembro.

Até agora foram colhidos 82% da área estimada de 2,5 milhões de hectares.

Se no campo as condições ajudam os produtores, o mesmo se repete na comercialização. O mês de agosto fechou com a saca de 60 quilos valendo R$ 93,64. O valor representa aumento de 106% em relação ao que o agricultor recebia no mesmo período do ano passado. Se o comparativo for com 2019, a elevação é de 237%.

TRIGO E SOJA – O boletim retrata, ainda, que a colheita de trigo também começou no Paraná. No entanto, as primeiras áreas tiveram problemas de produtividade em decorrência das geadas e estiagem. Mas, assim mesmo, os produtores comemoram, em razão de os preços terem subido 8% no último mês e 52% se comparado com agosto de 2020. A média de R$ 87,75 a saca de 60 quilos compensa, em alguns casos, as perdas no campo.

Na análise sobre a soja, o documento fala das portarias 388 e 389, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que alteraram o calendário e a forma de tratar a cultura com vistas a aprimorar o Plano Nacional de Controle da Ferrugem Asiática. Entre as mudanças está o período do vazio sanitário, que será definido anualmente a partir de agora. Para a safra 2021/22, o período de semeadura será de 13 de setembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022.

FEIJÃO E MANDIOCA – O plantio do feijão primeiro ciclo da safra das águas 2021/22 avança no Estado. Em relação à semana anterior, houve evolução de 403 hectares para 2 mil. A janela de semeadura vai de agosto a dezembro, com previsão de 144 mil hectares plantados.

Para os produtores de mandioca, as condições climáticas ainda prejudicam a colheita. Com chuvas escassas nas principais regiões produtoras, além de terem dificuldade para colher, os agricultores também não conseguem preparar o solo para o plantio e observam que as lavouras recém-implantadas foram afetadas.

OUTROS PRODUTOS – O documento preparado pelo Deral também fala sobre a produção de gramados e plantas perenes ornamentais, que representam 77,7% no Valor Básico da Produção Agropecuária dos produtos de floricultura. Há, ainda, registro sobre as previsões de pequena queda tanto em área quanto em produção de batata no primeiro ciclo da safra 2021/22.

Na pecuária leiteira, o boletim registra acordo entre o IDR-Paraná e o Senar/PR para capacitação de técnicos e de produtores de todo o Estado. Na fase inicial, serão investidos R$ 8,9 milhões. Também é feita uma análise sobre as exportações brasileiras de carne de frango. Nos primeiros sete meses de 2021, o aumento foi de 15% em faturamento e de 7,4% em quantidade.

Da AEN

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