Projeto de Queijos finos: queijarias recebem Susaf/PR e ampliam mercado Estado
As Queijarias Ludwig e Vila Belli, integrantes do Projeto de Queijos Finos do Biopark, receberam o selo do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte do Paraná (Susaf/PR). Com essa certificação, as agroindústrias estão habilitadas a comercializar seus produtos em todo o território estadual. Além destas, outras três agroindústrias do Projeto já possuem o selo, incluindo a Queijaria Flor da Terra, marca própria do Biopark.
O Susaf/PR tem como objetivo integrar de forma sistêmica, horizontal e descentralizada os serviços de inspeção municipais. Ele considera parâmetros técnicos, métodos de controle, autocontroles e boas práticas de fabricação, visando garantir qualidade, sanidade, inocuidade e identidade dos produtos comercializados no Estado.
Para Márcia Ludwig, que há cinco anos faz parte do projeto, a conquista representa uma perspectiva de crescimento: “É uma emoção muito grande, foi um momento muito esperado a conquista desse desafio. Nós temos o apoio do Biopark e da responsável técnica Keli Libardi Ramella, que foi muito ágil em todo o processo. Todos nós ficamos muito felizes porque era um momento muito aguardado por nós. Agora estamos vendo um futuro novo pela frente”, afirmou a produtora.
Gelir Maria Giombelli, da Queijaria Vila Belli, compartilha desse sentimento de realização. “Saber que eu poderei vender meu queijo no Paraná todo agora é muito gratificante. Com o Susaf, não ficaremos limitados ao município, mas sim ampliaremos ao Paraná, permitindo que alcancemos mais cidades e pessoas. Isso possibilita mais conquistas e evolução, vendendo nosso produto fora com valores mais agregados”, explicou Gelir.
Para o Projeto de Queijos Finos, o selo significa mais uma comprovação da alta qualidade do queijo produzido pelos seus produtores. “Mais que uma certificação, o selo representa o acesso a um maior número de consumidores que valorizam a produção local de produtos diferenciados, como é o caso dos queijos finos” comentou Carolina Trombini, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação. Ela enfatiza a importância do selo para os pequenos e médios produtores, destacando que “o Susaf representa um marco fundamental, pois abre portas para novos mercados e oportunidades de crescimento”.
VANGUARDA – Em 2019, a Queijaria Ludwig acreditou no Projeto de Queijos Finos e ingressou como a primeira produtora dessa iniciativa. Agora, cinco anos e muitas histórias depois, a família Ludwig comemora as conquistas alcançadas no último ano.
Anteriormente, em dezembro de 2023, a Queijaria Ludwig inaugurou a nova planta da sua agroindústria. Após, em abril deste ano, o queijo maturado “Granatoo” recebeu a medalha de prata no 3º Mundial do Queijo do Brasil.
O destaque é ainda maior, visto que a tecnologia foi recém transferida pelo projeto para a queijaria Ludwig, alcançando uma medalha no mundial de queijos antes mesmo de ser lançado no mercado – a previsão é de que seja lançado em julho.
Para o futuro, Márcia Ludwig deseja que o amor pelo queijo seja passado de geração em geração, visto que toda a sua família trabalha na agroindústria. “O nosso primeiro sonho era sair da propriedade e ter a agroindústria. Daqui para frente, queremos alcançar o Brasil todo e, quem sabe, até exportar” concluiu a produtora. E essa é a herança da família Ludwig.
COMPROMISSO – A linha Tapuí, na zona rural de Toledo, assiste a uma história de meio século de tradição na produção de queijos, passada da mãe Deonilde Giombelli para a filha, Gelir Maria Giombelli. A Vila Belli, localizada nessa região, é muito mais do que uma queijaria; é um legado de amor e dedicação à arte da queijaria artesanal, preservado e aperfeiçoado ao longo de gerações.
Gelir Maria Giombelli tem conduzido a Vila Belli com o mesmo compromisso e paixão que herdou de sua mãe, resultando em produtos de alta qualidade que têm conquistado reconhecimento internacional.
A prova desse compromisso com a excelência são as duas medalhas de prata consecutivas no Mundial do Queijo do Brasil, conquistadas pelo queijo Tomme Negro d’Oeste. Este reconhecimento celebra não apenas a qualidade do produto, mas também a história e a inovação que permeiam a produção da Vila Belli.
As conquistas refletem um equilíbrio entre manter as tradições familiares e incorporar técnicas modernas, garantindo que cada queijo produzido seja um testemunho do legado e da dedicação que definem a Vila Belli. “Essa conquista é um grande feito, e estou muito feliz e grata a todos por essa caminhada conjunta”, finaliza.
TOLEDO