Projeto Evena atenderá mulheres migrantes e brasileiras em Toledo
Com o objetivo de mobilizar a sociedade sobre o tema do cuidado para as diferentes nacionalidades que hoje vivem em Toledo, a Embaixada Solidária lançou o Projeto Evena – mães pelo Mundo, na última quinta-feira (24). A cerimônia também marcou o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.
O principal objetivo do Projeto Evena é apoiar às mulheres migrantes, refugiadas e apátridas, gestantes e puérperas, além de crianças durante a primeira infância.
Segundo a presidente da Embaixada Solidária Edna Nunes da Silva, mães migrantes foram crianças que sobreviveram a contextos de violência, fome e ausência absoluta de dignidade humana. “Por isso, elas merecem um olhar afetuoso no sentido de possibilitar para seus filhos uma infância que não conheceram”.
CUIDADO – Edna explica que o Projeto Evena já está em execução. Trata-se do cuidado materno infantil, focado nas mães, em mulheres durante o pós-parto ou qualquer idade. “A equipe é composta por advogados, psicólogas, assistente social, pediatra e ginecologista. Visitamos as comunidades migrantes e, assim, construímos uma rede de apoio para as mães”.
A presidente da Embaixada Solidária complementa que a rede de apoio começa antes mesmo do parto, ainda no período gestacional. O atendimento inclui o acompanhamento das mulheres, inclusive, no momento do parto, caso, elas não tenham um acompanhamento legal.
Edna cita que a equipe auxilia para marcar as consultas e os exames para a mulher fazer um pré-natal de qualidade. “Nós produzimos refeições para o puerpério da mulher; organizamos os pijamas, as roupas da maternidade, os kits de higiene e o enxoval do bebê”.
ENVOLVIMENTO – A presidente acrescenta que o Projeto pretende envolver outros profissionais. “Convidamos à sociedade para que preste mais atenção nas mães, principalmente, em um momento, em que elas estão mais frágeis. Peço que a sociedade nos ajude a cuidar melhor das mães. Assim, elas poderão cuidar melhor de seus filhos”.
Edna destaca que a equipe ainda pretende cuidar do ciclo da violência e do abandono. “Queremos oferecer um recomeço para essas mulheres com mais dignidade no Brasil. A Embaixada Solidária completou uma marca histórica de 40 países com a chegada do Equador”.
A presidente da Embaixada Solidária relata que o evento foi também um momento para agradecer ao Hospital Bom Jesus pelo atendimento prestado para as mulheres, principalmente, ao oferecer um nascimento mais humanizado. “Nós reconhecemos as empresas que possuem um programa de gestantes que estão conosco e acolhem as mães”. Ela menciona que o projeto atenderá mulheres migrantes e brasileiras. “Precisamos nos acolher e nos proteger neste momento de nossa existência”.
Da Redação
TOLEDO