Projeto de Pesquisa do campus Toledo resultou na concessão de Patente de Invenção

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O projeto de pesquisa “Drone anfíbio para monitoramento de rios e lagos”, apoiado pela Fundação Parque Tecnológico Itaipu e pela Fundação Araucária, resultou na concessão da patente de invenção BR 102018014158-9 pelo INPI. O projeto teve a participação dos professores, José Dolores Vergara Dietrich, Jorge Augusto Vasconcelos Alves e Fábio Rizental Coutinho e dos egressos Nilton Barbosa da Rosa Jr, Matheus Henrique Ribeiro Rocha, Juliano da Rocha Queiroz e Guilherme Francisco Iakmiu Pendiuk do curso de Engenharia Eletrônica da UTFPR-TD.

A pesquisa apoiada, que ocorreu entre 2013 e 2015 – com depósito de patente em 2018, visou desenvolver uma forma eficiente para o monitoramento de profundidade de cursos d’água. Esse monitoramento é fundamental para a prevenção de enchentes e para verificar problemas de assoreamento do rio (diminuição da profundidade do leito). Ele pode ser feito por estações de medição fixas, porém se limitam em apenas alguns pontos da extensão do curso d’água devido ao alto custo de se instalar várias estações de monitoramento ao longo de todo o rio. Ele também pode ser feito manualmente por meio de deslocamento de técnicos munidos de equipamentos portáteis. Nesse caso, a medição não fica restrita a pontos geográficos fixos; entretanto a periodicidade da obtenção da informação é geralmente muito menor do que ao se utilizar as estações de medição fixas.

O drone anfíbio desenvolvido no projeto tem a capacidade de ir pelo ar até o corpo d’água, pousar nele e efetuar medições. Flutuando na água ele pode percorrer um longo trecho do rio, aproveitando a corrente natural dele, efetuando diversas medições em pontos distribuídos ao longo de sua extensão. Ademais, pedras, quedas d’águas e outros obstáculos do rio podem ser facilmente evitados pelo ar. Com isso ele se torna uma solução mais eficiente pois consegue obter dados de medição de vários pontos do rio e de forma ostensiva.

A patente proposta também compreende medir a vazão do rio e a concentração de sedimentos na água (ou turbidez). Essa parte da pesquisa foi conduzida pelo professor Fábio Rizental Coutinho dentro do projeto “Mini UVP para monitoramento ambiental de rios por VANTs anfíbios” contemplado na Chamada Pública 20/2018 do Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores Programa Primeiros Projetos – PPP (Acordo CNPq/FA) entre os anos de 2020 a 2023. E ela ainda está sendo aprimorada no projeto “Aparato para monitoramento de canais fluviais utilizando uma aeronave anfíbia remotamente pilotada” apoiado pela chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 – Faixa A – Grupos Emergentes e com previsão de término em agosto de 2025.

Nos últimos anos o drone também passou por aprimoramentos conforme mostra a Foto 3. Nesse caso, algumas das melhorias da nova carcaça do drone foram desenvolvidas em trabalho conjunto no Projeto “Monitoramento em tempo real da qualidade da água através de dispositivos eletrônicos de baixo custo no contexto de Internet das Coisas” coordenado pelo professor Edson Tavares de Camargo e apoiado pela Sanepar e Fundação Araucária.

Com a patente concedida e com o término da pesquisa espera-se que o produto possa ser explorado comercialmente.

TOLEDO

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