Queijos finos, coloniais e tradicionais de Toledo participarão da Rota Paranaense

O consumo de queijos tem aumentado, consideravelmente, no Paraná. No Estado, existem consumidores dispostos a adquirir produtos de qualidade e diferenciados. Para desenvolver novos negócios e novos atrativos turísticos, a Rota do Queijo Paranaense, iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) e do Governo do Estado, será lançada na próxima quinta-feira (9), na sede do IDR-Paraná, em Curitiba. O projeto vai ampliar as possibilidades de emprego e renda para os produtores.

Na programação, o mapa com as queijarias que devem integrar a Rota do Queijo Paranaense será apresentado. Depoimentos de produtores e técnicos envolvidos no projeto fazem parte da programação, além da degustação de diversos queijos.

Serão divulgadas mais de 30 queijarias. Da região, os turistas poderão conhecer e adquirir os queijos coloniais tradicionais, coloniais temperados a queijos finos, pois das cinco queijarias três delas fazem parte do Projeto de Queijos Finos do Biopark: Átani Queijos Finos (Vila Nova), Queijos Vila Belli (Linha Tapuí) e Leiteria Santa Fé, localizada na Linha Sanga Tupi, no município de Mercedes.

Da regional de Toledo também fazem parte a Afaqueijos Lola (Cerro da Lola) e Queijos Kegler (Novo Sobradinho). A nível de Paraná, são diversos tipos de queijos que vão surpreender os mais diferentes paladares.

TURISMO – O Estado pretende ser um destino de turismo gastronômico associado ao queijo, conforme a extensionista do IDR-Paraná, Valmira Antunes Dias. “O turismo rural será uma opção para a sucessão familiar”, afirma a profissional ao explicar que o escopo do Programa de Turismo Rural prevê a roteirização de propriedades envolvendo as principais cadeias produtivas, entre elas: o queijo e outros produtos lácteos. “A Rota vai oferecer atividade de turismo de experiência e promover o queijo paranaense”.

Valmira salienta que o projeto vai adequar e organizar a propriedade valorizando o meio rural e planejar as visitas para receber bem o turista. A proprietária da Átani Queijos Finos, Cirlei Rossi dos Santos, pretende realizar melhorias para receber os turistas em sua propriedade em Vila Nova. “Recebi com orgulho e alegria a notícia para participar da Rota do Queijo Paranaense. É um trabalho sério e com qualidade sendo reconhecido pelo Governo do Estado”, destaca.

Cirlei revela que a produção de queijos finos é um mercado que está em expansão. “Nós trabalhamos com queijos artesanais e participar do projeto do Biopark foi a melhor oportunidade para mim. Os queijos são produzidos com uma tecnologia própria e de excelência. Consigo produzir o queijo com exclusividade, devido a tecnologia do Biopark”, enfatiza Cirlei ao revelar que pretende ampliar a capacidade de produção, porque a demanda está alta.

BENEFÍCIOS – Produtores ou associações de produtores rurais assistidos ou atendidos pelo IDR-PR; Empreendimentos (queijarias) registradas nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), Estadual (SIE), Susaf ou Federal (SIF) ou Selo Arte podem participar da Rota do Queijo no Paraná. A extensionista do Instituto Valmira complementa que também podem participar da Rota propriedades com estrutura física e de pessoal que desejam receber turistas.

Ela enfatiza que a produção de queijo é uma ferramenta para diversificar a área dos produtores rurais ou até aos produtores de leite. “É a alternativa de diversificação na propriedade e de agregação de valor com a transformação do leite em queijos e também em outros produtos lácteos (manteiga, nata, bebida láctea…)”.

Outro fator a ser destacado para a promoção da Rota do Queijo Paranaense é a geração de emprego com a instalação de agroindústrias. “Não somente de lacticínios, como também de transformação de outras matérias-primas que tem demandado por mão de obra e que inclusive tem atraído ou estimulado os jovens a permanecer trabalhando nos empreendimentos rurais”.

O IDR-PR tem o desafio de despertar o interesse dos produtores para a atividade turística. “Aos produtores, o desafio é a busca constante pela qualidade do produto e dos serviços”, afirma Valmira.

TRABALHO INTENSO – Na regional de Toledo, o trabalho com a cadeia do leite é intenso e considerado consistente pelo médico veterinário do IDR-PR Gelson Hein. “Especificamente no município, sempre tivemos uma ação mais concentrada e, por consequência, a produção de queijo, leite e nata”.

Gelson pontua que muitos produtores de queijo surgiram ao longo do tempo. Ele ainda lembra que em um momento da história foi necessário realizar correções na qualidade do produto. “Com isso, os produtores que desejavam vender o seu leite realizaram as correções para manter a qualidade do produto”.

A ação da Vigilância Sanitária também é considerada importante para a cadeia, segundo Hein. “Muitos produtores foram desafiados a repensarem a produção de seu queijo”, afirma o médico veterinário ao complementar que cursos de queijos foram promovidos. “Atualmente, os produtores de queijos que permanecem na atividade são aqueles que possuem um produto padrão de organização. Hoje produzem os queijos conforme as exigências”.

Ele menciona que a Rota do Queijo Paranaense é um incentivo ao produtor, porque ela vem aliada ao Turismo Rural. “O desafio é produzir queijo diferente, mais maturado e com características próprias e ampliar a divulgação para a população. É preciso divulgar a Rota; uma oportunidade para apresentar as belezas naturais de Toledo e região e cada participante os seus produtos”.

Da Redação

TOLEDO

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