Rally da Safra retorna ao Oeste do Paraná para avaliar soja de ciclo médio e tardio

Após avaliar lavouras de soja precoce nas regiões Oeste e Norte do Paraná, técnicos do Rally da Safra retornam ao estado. Desta vez, a equipe deixou Foz do Iguaçu com destino a Cascavel, colhendo amostras de lavouras de ciclo médio e tardio e, também, participando da Show Rural, em Cascavel. Nesta terça (6), os técnicos percorrem a região de Toledo e seguem para Naviraí (MS).

Nas áreas precoces visitadas no início de janeiro, a produtividade ficou abaixo das expectativas. A estiagem em dezembro prejudicou o potencial das lavouras principalmente no Oeste do estado. Já nos Campos Gerais e Sudoeste, a queda do potencial se deu pelo excesso de chuvas, baixa luminosidade e doenças. A ferrugem já aparece nas fases iniciais e algumas doenças tem gerado maior custo no controle químico das lavouras.

“As áreas de ciclo médio e tardio no Norte e Oeste do estado tem mais potencial. Mas é importante o produtor ficar atento ao manejo, principalmente se vierem as chuvas em fevereiro e março”, avalia o coordenador do Rally, André Debastiani. A produtividade média pré-Rally no estado é estimada em 60 sacas por hectare (66,1 sacas por hectare na safra passada).

Com aumento no número de dias em campo e de equipes técnicas, o Rally começou este ano avaliando as lavouras do Mato Grosso e Oeste do Paraná. “Procuramos fazer amostras das lavouras com a colheita em andamento, de preferência com 20% a 50% das áreas colhidas, obtendo assim um quadro melhor da situação e considerando as diferenças entre as lavouras e as diferentes épocas de plantio”, diz o coordenador da expedição.

Tecnologia ajuda trabalho de campo

Para planejar o Rally da Safra e definir as rotas, são utilizadas imagens de satélite de cada região. No dia a dia, os técnicos fazem o levantamento quantitativo e qualitativo das lavouras escolhidas aleatoriamente. No quantitativo, analisam os componentes de rendimento da soja, contando os números de plantas, de vagens por planta e de grãos por vagem para ter uma visão do comportamento das lavouras em cada região, levando em consideração o ciclo do cultivar, ou seja, as variedades prontas para colheita e outras que ainda precisarão de mais tempo. O peso e a umidade dos grãos também são fundamentais para estimar a produtividade.

Já o levantamento qualitativo incluí a análise de pragas, doenças, o uso do plantio direto e outros indicadores que auxiliam a compor a estimativa de safra. A metodologia consolidada em 20 edições do Rally permite voltar a campo anualmente e entender o cenário para fazer a estimativa de safra. A 21ª edição do Rally da Safra tem patrocínio do Santander, OCP Brasil, BASF, Credenz, Soytech, Biotrop, Serasa Experian e JDT Seguros. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

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