Rebeca Andrade se diz mais madura rumo a Paris e garante: “Está tudo pronto”
Foi um ciclo reduzido e intenso, mas agora está tudo pronto. Às vésperas dos Jogos Olímpicos Paris 2024, Rebeca Andrade olha para trás e sente orgulho. A ginasta, uma das maiores esperanças de medalhas do Time Brasil, acredita que o planejamento foi feito à perfeição. O momento, então, é de afinar os treinos e focar ainda mais para buscar o pódio.
“Está tudo pronto. Tem de estar tudo pronto. Imagina se estiver faltando alguma coisa!”, brincou a ginasta.
Rebeca já está com a delegação brasileira em Troyes, cidade a 160 km de Paris. É lá que a equipe vai fazer a preparação final e a aclimatação antes de seguir para a Vila Olímpica. A disputa feminina terá início no dia 28 de julho. Até lá, a ginasta quer apenas lapidar todo o trabalho que foi feito durante o ciclo.
Em Tóquio 2020, Rebeca conquistou um ouro e uma prata. Agora, em Paris, chega como uma das favoritas ao pódio. São poucas mudanças desde a última edição dos Jogos, ela diz. Mas afirma chegar ainda mais madura para somar novas conquistas ao currículo.
“Eu acho que estou mais madura. Mas o coração e o pensamento são os mesmos. O foco, a vontade de vencer, de estar ali e fazer o melhor… é a mesma Rebequinha (risos). Mas, claro, mais madura. Hoje, para mim, é um orgulho ter o reconhecimento do nosso trabalho em conjunto. Você pisar nos ginásios e as pessoas quererem falar com você, fazer uma foto, são fãs. É sobre o nosso trabalho. É uma honra estar nesse lugar. E, a cada ano, fico cultivando, conquistando e firmando cada vez mais. Deixando esse legado que vai ser muito importante para mim e para o esporte. Ninguém vai poder tirar de mim”, diz Rebeca.
Nos últimos anos, Rebeca acumulou conquistas importantes, como as cinco medalhas no Mundial da Antuérpia, no ano passado. Mas, além dos resultados individuais, a ginasta ressalta todo o trabalho feito pela equipe brasileira.
“Estou bem feliz e orgulhosa por poder fazer parte dessa equipe, que tanto se apoia e se dedica para realizar tudo da melhor maneira possível. Temos todo o suporte. Estou orgulhosa por ter aguentado todo esse ciclo, por mais que tenha sido mais curto, mas com tantas coisas que já aconteceram na nossa vida. Muito orgulho por ter suportado tudo e estar aqui. Vamos fazer o máximo”, afirma.
É difícil prever qualquer resultado. Rebeca, porém, está confiante. Ela espera chegar bem em Paris para poder executar tudo o que foi planejado para os Jogos.
“O planejamento foi bem parecido com o de Tóquio. Mas a gente sempre tem as coisas novas.Vai depender muito de como vou estar me sentindo no dia. Por isso é tão importante treinar. Porque, se eu estiver me sentindo muito bem, eu vou virar para o Chico (Porath, treinador) e falar. E ele não vai ter medo. Ele vai olhar nos meus olhos e confiar que eu tenho a capacidade de fazer. Então, acho que as mudanças são essas. Algumas, as pessoas já viram. Outras, não. Eu espero estar me sentindo bem e que todas as minhas apresentações sejam boas. Porque quero muito dar orgulho”.
Rebeca também elogiou todo o apoio do Comitê Olímpico do Brasil e da Confederação Brasileira de Ginástica durante a preparação para os Jogos.
“A gente teve uma aparelhagem aqui no Brasil que fez total diferença. Só fomos a competições com a mesma aparelhagem que vai ser usada nos Jogos. Ter esse cuidado é fundamental, e o COB foi excelente, a CBG, nossos clubes. O Brasileiro com essas aparelhagens. Foi maravilhoso. Chegamos mais confiantes para realizar o que podemos realizar”, garantiu.
O foco na reta final é só um. Rebeca espera dar ainda mais orgulho aos torcedores brasileiros.
“Que eles torçam bastante, que orem por proteção. Independentemente do resultado, espero que eles se orgulhem muito da nossa equipe e de tudo o que vamos fazer lá”.
RIO DE JANEIRO